sexta-feira, março 04, 2016

Porque concordo em boa parte com Henrique Raposo?



O verniz estalou e muita tinta tem corrido desde que uma personalidade mais ou menos conhecida, de seu nome Henrique Raposo, participou num programa televisivo onde apresentou um livro sobre o Alentejo, terra de seus progenitores. A partir daí, uma nova cruzada, mais uma, virtual de hordas ferozes que deixam qualquer povo bárbaro tal não é a verborreia destrutiva, a verrina implacável e o ódio que se espalham como fogo em palha seca, a parecer meninos de coro. Mas qual o motivo para tamanho ódio? Apenas e só um simples livro.
Por aquilo que tenho lido, desconfio que haja muito boa gente que odeie Henrique Raposo. Aliás, no programa, o apresentador diz-lhe que é um dos colunistas mais irritantes do momento. E porquê?
Porque tendo raízes alentejanas foge daquelas características que por força deveria ter como se liberdade de pensamento, opinião, expressão, etc e tal fossem, como já se percebeu, toleradas sim mas desde que pense como a maioria quer. Na verdade, o erro de Raposo, está bem identificado na crónica de Henrique Monteiro no Expresso: "nasceu nos arredores pobres de Lisboa, filho de alentejanos que vieram procurar uma vida melhor. Estudou na escola pública, onde era maltratado pelos colegas por querer estudar a sério e não apenas passar o tempo. Licenciou-se, tornou-se investigador e cronista. Ao contrário do que os ‘verdadeiros’ alentejanos defendem, Raposo não admira a escola pública, nem os feitos do PCP na reforma agrária. E – espante-se – não é filho de latifundiários! Ao contrário dos que os ‘pobres’ da periferia se queixam, Raposo não diz que os jovens se metem na droga por falta de condições sociais. E espante-se, ele nasceu na periferia pobre!" e portanto "A ‘turbamulta’ irrita-se. Não é este o Alentejo que querem; querem um Alentejo de luta e de solidariedade. Para a ‘turbamulta’ não é este o rapaz das periferias que lhes serve de modelo".
Quem já conhecia Henrique Raposo? Convido pois antes de mais a ver este programa.




E é aqui que está a origem de tudo. Claro que o rapaz não fazendo parte da entourage havia que tentar algo e estas declarações e o livro serviram como uma luva. As novas realidades e formas de comunicar ainda não são bem dominadas por todos de forma que, e já se percebeu, há dois tipos de gente nas redes sociais. Os manipuladores - alguns até se divertem a fazer experiências - e os «borregos», os que se deixam manipular, os que vão atrás sem lerem, sem reflectirem, sem pesquisarem. Pois é. Lamento informar a maioria dos que se insurgem contra Raposo e em especial muitos da zona de Alcácer do Sal - sempre na vanguarda da patetice, do insulto brejeiro e barato, da cretinice e por aí fora - que foram e estão a ser manipulados.

Infelizmente também já se percebeu que argumentar não é para todos. E factos, números e evidências também ninguém se preocupa até porque ninguém estuda, pesquisa, pensa antes de ir para o Facebook «de capa e espada». Discorda-se, ofende-se, chinga-se, ameaça-se e pronto. Mas, uma pergunta, talvez a mais importante: Viram o programa e ouviram o homem ou limitaram-se a ir atrás?
Eu ouvi o homem e sinceramente fico siderado por ver tanta gente de «armas em riste». O que disse não foi ofensivo para ninguém, não insultou ninguém. Constatou factos. Será que não é isso também que está aqui em jogo? Alguém ousar dizer o que todos sabem mas nunca ninguém disse. Talvez esteja aí mais uma razão. O homem teve a audácia de não ser hipócrita. «Há coisas que se pensam e se sabem mas não se dizem», né?
Vamos pois dissecar um por um os todos os pontos do que disse Henrique Raposo e por fim acrescentar mais algumas observações que serão de todo pertinentes.

  1. O suicídio
    O suicídio que, nas palavras de Henrique Raposo é um modo de vida no Alentejo. Esta foi uma das primeiras coisas que fez as hordas levantar as chuças. Claro que isto é uma metáfora no sentido em que não será um modo de vida de facto mas é-o pelos números que se verificam. De tal forma assim é que segundo o "Público" em 2012 o Alentejo quis perceber porque é a região do país com a maior taxa de suicídios. Vejam, Está aqui. Leiam! Meus caros, o Henrique Raposo disse algo de mais? Sabiam que em 2005, de acordo com o Diário de Notícias, em 2005, o Alentejo registava a taxa de suicídios mais alta do mundo?! Vejam, está aqui. Não! Não é na Palestina, nem no Iraque, nem no Afeganistão nem na América Latina, tudo regiões que em 2005 estavam - e continuam a estar - a ferro-e-fogo e com altas taxas de mortalidade, de miséria, fome e todo o tipo de flagelos e onde os Quatro Cavaleiros do Apocalipse cavalgam alegremente que tal se verifica mas sim numa das mais pacatas províncias de Portugal, aquela que apesar de representar um terço do país é das mais atrasadas, desertificadas e inóspitas regiões: o Alentejo. Poder-se-á dizer o título é exagerado. É aceitável mas que os valores são altos e tem que haver um fundo de verdade na notícia. Se isto não é um fenómeno natural... Suicídios há em todo o lado mas no Alentejo abusa-se. Se os torquemadas de serviço me permitem a piada, se o Estado Islâmico sabe de tal manancial ainda vem recrutar bombistas-suicidas para as suas hostes a estas paragens.

  2. A violação

    «As alentejanas antigas nem sequer conheciam a palavra violação». Outra frase que incendiou tão sensíveis almas alentejanas. Mas onde está o problema? Claro que não conheciam a palavra violação. Não conheciam o termo mas conheciam a realidade. Quem é que de entre todos os alentejanos ouviu as pessoas mais velhas falarem em tal? E quem diz alentejanos, diz beirões, diz minhotos, etc. Por um lado estamos a falar de pessoas com baixa escolaridade, por outro lado os tempos eram outros e quem fosse contra a moral e os bons costumes vigentes na época arriscava-se a receber a oportuna visita da GNR ou da PIDE e ir bater com os costados na cadeia. Por outro lado ainda, Portugal não era um país cosmopolita. E por fim eram pessoas que viviam isoladas. Quem é que de entre os «ofendidos» nunca ouviu dizer às pessoas mais velhas "dantes não se ouvia falar destas coisas"? Usavam-se outros termos. «Fulano fez pouco da rapariga», «Beltrano faltou ao repeito à moça», «Sicrano foi alarve», etc. Não, meus caros. Antigamente não conheciam o termo «violação» mas a realidade, essa infelizmente todos a conhecem desde sempre e em todo o lado.

  3. Os homens não tinham carinho pelas crianças e não havia conceito de criança
    Meus amigos, alguns dos quais bem mais velhos do que eu, que viveram e cresceram nessa época, que conheceram melhor pessoas que nasceram ainda no século XIX, vós sabeis que é assim. Os homens antigos eram mais rudes, não se dedicavam aos filhos - mesmo nas classes mais altas quanto mais os que trabalhavam de sol-a-sol. Ao homem competia trabalhar e à mulher cuidar das crianças. O homem apenas era chamado em casos mais graves quando tinha que aplicar o cinto. «Porta-te bem senão quando o teu pai vier ele logo vês como é que é». Mas claro que o pai também educava nomeadamente os rapazes e já na fase da adolescência. A sua presença é que era mais distante. Era assim e ponto. Quanto ao não haver conceito de criança... bem, a que idade começavam a trabalhar? Como diz o ditado? De pequenino se torce o pepino, né? Pois. Vós os mais velhos não vos lembreis que assim é, assim foi, e assim se passou com muitos de vós. O que disse Raposo de mais?

  4. «O Alentejo é a terra da desconfiança»
    Mais um argumento que serviu para se dar tratos de polé ao homem. Mas porquê? O que tem isso de mais? Os alentejanos são desconfiados? Óptimo! É melhor ser desconfiado que ser «anjinho», «naif», «tancho» - como se diz por ali - «ingénuo», etc. Se Raposo dissesse o contrário é que era pior; agora ser desconfiado?! É bom ser desconfiado ainda para mais nos dias de hoje onde até estamos rodeados de vigaristas por todo o lado. Não meus amigos, isto não é ofensa nem tão pouco defeito; é qualidade. Se os alentejanos são desconfiados, ainda bem! E já não deviam de ir atrás de certos embustes. Infelizmente ainda muitos alentejanos são ignorantes, mesmo os que sabem ler e escrever q.b. como aliás se tem visto.

  5. «Os laços de comunidade são fortes no norte e fraquíssimos no sul» e «História de violência no Alentejo»
    Muitos dos que se insurgem, já tiveram oportunidade de vir ao norte? Falam com conhecimento de causa?
    Diz um outro alentejano, de sua graça Vitor Matos na sua crónica sobre o folhetim que "Para os fascistas do pensamento, deixo aqui mais uma identificação total com o que o Henrique Raposo escreveu: quando ele diz que as viagens dele ao norte verdejante era como ir ao estrangeiro. As viagens que fiz com os meus pais pelo norte do país também eram um fascínio. Aquele verde todo era uma coisa linda, invejável, aquela água a correr por todo o lado encantava-nos. Era outro mundo, outro país. E sim, o meu pai comentava um sentido de comunidade que não havia no Alentejo".
    Claro que é diferente! Quereis conhecer a minha experiência? Gente que nunca me viu nem conheceu e vice-versa, acolhem-me em casa, repartem, têm consideração, ajudam. Gente que me conhecia desde sempre tratava-me com sete pedras na mão muitos deles por eu ser livre e ter opinião livre. No Alentejo, muito boa gente não se limita a querer o seu bem. Querem o seu bem e o mal do vizinho, veja-se bem a «cachola» dessa gente. Aqui, no norte, se alguém tem um problema, como por exemplo, e vi eu, uma senhora de idade ficou com o troll das compras partido oferecem-se para a levar a casa. No Alentejo ri-se da desgraça alheia. É mentira?
    Pois é; ali quase todos se dizem de esquerda, pelo socialismo, pela fraternidade, são camaradas, mas na teoria. Na prática são dos mais «facho» que há e autênticos cães raivosos. Já dos «galegos» - ali, pelo menos na zona onde vivi as últimas décadas - tudo o que é do Tejo para cima é «galego». Os galegos são fascistas, os galegos são conservadores de Direita, os galegos querem é padres... Mas querem saber a melhor? Os alentejanos dizem-se isso tudo na teoria mas na prática são o oposto. Já os «galegos» que não querem nem ouvir falar no Partido Comunista e «são tão reaccionários» são afinal e na prática fortemente comunitários fraternos, solidários...
    E ainda há a outra parte. Para muito bom alentejano, «os galegos» não sabem trabalhar, são «jarondos» - pouco higiénicos, só fazem «travias» - comida imprestável, são de má índole, etc. Bons são eles, os da minha zona. Querem saber a melhor? A maior parte de vós nunca lhes há-de chegar aos calcanhares. Nunca! Nem em «golpe de vista», nem em sentido de ética e de comunidade.
    Pois é; experimentam a vir ao norte e verão. E não, não me venham falar em termos individuais. Gente boa e gente ruim há em todo o lado. Mentalidade colectiva, por favor. Muitos amigos meus do Alentejo falam de histórias de violência entre vizinhos no norte e no Minho em particular. É verdade. Claro que há brigas de morte entre vizinhos. Aliás, em qualquer lado, não há nada pior do que má vizinhança. Alguns mesmo já me contaram historias que se passaram nas suas zonas como a de um homem que matou o vizinho com um sacho por causa de um rego de água. Claro que as há. Mas no Alentejo também.
    Meus amigos, nomeadamente os que moram na terra de Bernardim Ribeiro, sabem porque nome era conhecido o Torrão nos arredores? Terra do amor? Não! Vila Verde no Minho é que almeja ser a capital do amor em Portugal! Terra do carinho? «Nop». Terra da ternura? Nada disso. TERRA DA MACHADA. Sim, o Torrão do Alentejo é conhecido, ou pelo menos foi conhecido, como a terra da machada. Porque será?
    Aliás houve gente que se matou à machadada, houve um que matou outro com uma forquilha nas lavras de arroz, há muitos homens que assassinaram as mulheres por motivos passionais. Isso existe em todo o lado e no Alentejo não é excepção. Quereis exemplos? Não conhecem a quadra:


    No dia 18 de Janeiro
    no Monte da «Lavandeira»

    mataram duas mulheres

    com uma espingarda caçadeira


    Faz parte da literatura oral do Torrão. Procurem saber a estória - quem a não sabe? Já leram por acaso o livro de Joaquina Soares, «A Imagem da Mulher na Literatura Oral do Torrão»? Conhecem, pelo menos? Eu não tenho aqui os meus alfarrábios comigo senão iria buscar muitas estórias antigas que ali estão dadas à estampa como a de um homem que vindo da cortiça e apanhou a mulher com outro lhe desferiu um golpe na cabeça com o machado. Pois é, enquanto no Minho bordam-se lindos lenços de linho com versos sobre o amor, no Alentejo fazem-se versos em que o tema é a morte. 
    Estamos elucidados.



  6.  Os «malteses»
    Se os habitantes da ilha de Malta soubessem o que para um alentejano significa «maltês» seriam estes a sofrer a ira dos (verdadeiros) malteses. Henrique Raposo tocou «nos guizos» de muito boa gente quando falou dos ditos cujos. No Alentejo, maltês é aquele que «anda à malta», isto é, vagabundos, gente que vive sem regras, sem trabalho, que não se preocupa consigo, com a sua casa, com a sua roupa. O típico vagabundo. 
    É mentira que antigamente estes malteses corriam os montes pedindo, roubando e sabe que Deus mais? Uns sozinhos, outros em bando ou em pequenos grupos. Muita desta gente teria, como hoje muitos mendigos e marginais têm, maus instintos e se apanhassem crianças sozinhas podiam fazer-lhes mal. Ó meus caros, essa realidade existiu. Gente isolada nos montes facilmente podia ser vítima destes malteses. Então as vossas mães para vos meter medo, quando crianças, não falavam do «maltês de estrada»? Eu sou daqueles a quem a minha mãe metia medo, quando era pequeno. «Se não te portas bem vem o maltês e leva-te no saco». E eu imaginava uma figura de um homem velho de barbas com um grande talego às costas. Então a figura do malês, que Henrique Raposo alude, não existe? Meus caros, os que moram nos arredores de Alcácer, ide à Rua das Torres e vede uma travessa paralela à Travessa das Palmeiras. Sabem como se chama? Travessa do Maltês! Procurem saber porquê. Os malteses eram os marginais e os «gangs» da época. Portanto o que disse o homem de mais?!
  7. A bastardia

    Numa época em que o grande lavrador, o grande proprietário, o grande comerciante era o manda-chuva, é muito natural que alguns «abusassem» das criadas, das filhas dos empregados... E há casos em que não havia necessariamente violação. Era consentido. E também alguns pais das miúdas a quem os filhos ou mesmo os proprietários «faltavam ao respeito» até nem se importavam muito pois podia ser que herdassem qualquer coisinha ou mesmo que não gostassem não iam «virar dente» pois para além de serem despedidos e isso significava viver na miséria e ficar sem casa até porque muitos moravam nos montes que eram, tomai nota, propriedade dos patrões, ainda se arriscavam a ir presos pois esta gente é que dominava a sociedade, onde a arbitrariedade imperava, da época e a GNR era em muitos casos lacaia de serviço destes indivíduos.
    Por vezes acontecia. Quereis um exemplo? Este vosso escriba.
Desconfiança e cultura do suicídio serão os piores defeitos dos alentejanos, de acordo com Henrique Raposo. Não concordo. Penso que há outros defeitos mais comezinhos e se calhar apesar disso bem piores. Defeitos e virtudes como há em todo o lado e os alentejanos não serão excepção.
Henrique Raposo é ainda mimoseado no Alentejo sem apelo nem agravo por falar num Alentejo sem lei e de violência. Fala sobretudo do período da guerra civil e do pós-guerra civil de 1832-1834, um dos períodos mais nefastos da nossa história. É mentira? Já ouviram falar da Batalha de Alcácer do Sal e do «Massacre de Algalé»? Está aqui.
Claro que o rescaldo de uma guerra fratricida é tudo menos pacífico e muitos continuaram a lutar mesmo depois de formalmente terminada a guerra até porque Alentejo e Algarve eram, como a maioria do país, profundamente miguelistas. Mas isso são outros quinhentos e vamos ao que interessa.
Algum de vós se lembra de uma série que passou há 25 anos na televisão e que se chamava justamente Alentejo sem Lei e onde este era retratado como o farwest português? Digo já, que eu era grande fã. Exactamente. Espero que 25 depois não abram mais uma guerra contra esta série realizada por João Canijo. Vejam e oiçam sobretudo a narração. Na verdade, muito do que Henrique Raposo diz tem paralelismo com esta obra e parecem versões decalcadas desta série. OIÇAM!




Até no Algarve o homem é perseguido porque falou no Remexido. Sabem quem foi o Remexido? Conhecem o contexto? Leiam, estudem, aprendam e depois venham para a rede social dizer de vossa justiça. É que escrever, como eu escrevo esta humilde peça, leva tempo de reflexão e tempo de escrita.

Não quero terminar esta singela crónica sem referir alguns aspectos, lamentáveis diga-se de passagem, a que tenho assistido. Parece que há por aí muita gente indignada, alguns até fazem vídeos e tudo onde esconjuram Henrique Raposo porque este diz que os alentejanos são um povo afável e que, ao contrário do que «esse Raposo diz» não são violentos mas depois, pasme-se, escrevem para o homem ir ao Alentejo para «levar com um pau nos cornos», para levar uma corda para se pendurar num chaparro, que devia levar um enxerto de porradas, etc. Tanta afabilidade e ternura deixam-me deveras comovido. Nem se dão conta das contradições.
Outra situação é a do boicote ao livro. Então um povo que se diz anti-fascista, resistente, etc e tal agora quer censura? Quer boicotar o livro? Há muitos a dizer que vilas e cidades do Alentejo estão contra a publicação do livro! Ó meus amigos então querem o lápis azul? Poderão dizer que não, que é só porque o homem disse «falsidades» e «disse mal» e é porque não gostaram de ver nem ouvir aquilo. Meus amigos, isso é o que todos dizem. É que se verem bem, estão a pedir a censura. O Governo também poderia pois e teria legitimidade para tal. Se uns têm porque não gostam, o Governo quando não gosta de algo, porque é «subversivo», porque é «falso», porque é «alarmista» também não poderias deitar mão desse («valioso») instrumento? Ah já não vale? Vale pois. Censura é censura. Cuidado com o que se pede!

Por fim, e mais uma ironia das massas acéfalas. Meus caros, com todo esse sarrabulho o que deram foi publicidade ao homem. Se tivessem ficado mudos e quedos o assunto, o livro, o autor passariam despercebidos. Suspeito que Henrique Raposo vai ganhar bom dinheiro à pala da vossa patética indignação e que este livro vai ter uma saída bem acima da média. Com esta publicidade é que ele não esperava. Querendo tanto «matar» o homem acabaram por o promover. E querem saber a última? Se nada disso acontecesse, eu seria um dos que o assunto me passaria ao lado. Agora até eu faço questão de comprar o livro.
Para a próxima, antes de embarcarem em cruzadas patéticas, pensem um pouco.

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