sábado, outubro 31, 2015

É isto a postura digna um vereador?

"Calha mesmo bem «tares» aqui que era mesmo contigo que eu queria falar. Tu nunca mais te metes com a minha pessoa ouviste?
Sim, daquilo da reunião de Câmara. Quando tens razão é uma coisa mas não tiveste razão.
Se falas mais uma vez da minha pessoa tás fodido. Parto-te as ventas todas. Não vales nada. Filho da puta. És um parasita que aí andas. Parasita."

Foi com estas palavras que eu fui brindado ontem à noite, pouco passava das 23 horas, depois de terminada a cerimónia da entrega dos Prémios de Mérito Escolar aos alunos do Agrupamento de Escolas do Torrão quando me encontrava à porta da biblioteca, pelo sr. vereador Nuno Pestana, tudo isto por causa da opinião que tive acerca da sua prestação na última reunião de Câmara como se pode ver abaixo:


Era relativamente a estas palavras que ele afirmou que eu não tinha razão. Com razão ou sem ela o que é facto é que esta é a minha opinião a qual mantenho e não altero uma única vírgula nem depois do que se passou.
Este comportamento arruaceiro, reles, execrável, caceteiro e totalmente inaceitável não se coaduna com aquilo que se quer de um país que se pretende democrático, livre, europeu nem com aquilo que se pretende de quem exerce funções públicas e, como tal, não pode passar em claro sem a devida denúncia pública no mínimo.
E quando se pensava que não se podia ir mais fundo eis que este poder autárquico de natureza caceteira e totalitária coloca este concelho numa situação degradante em termos políticos ao nível de lixo. Neste momento, moral e politicamente, Alcácer do Sal é um gigantesco esgoto a céu aberto. Isto agora ainda está pior.
O mesmo vereador que ainda secretário de apoio à vereação terá, segundo alguns alegam, brindado delicadamente um funcionário da autarquia durante a montagem da PIMEL 2014 com um poético «cala-te cão» voltou agora à carga.
O mesmo vereador que passado algum tempo voltou a passar, agora na companhia do sr. Presidente da Junta de Freguesia, pelo mesmo local onde eu ainda me encontrava e ainda disse «não te esqueças».
Será que os velhos métodos estão de volta ao Torrão?
Não eu não me esqueço. Comigo não terá sorte nem este vereador nem qualquer rosto do poder. Eu não sou um funcionário passível de ser amordaçado e alvo de represálias como parece ser isso que estará a acontecer, por parte do poder politico, e se o sr. vereador pensa que me intimidou está profunda e redondamente enganado. Eu não me esqueço: Só me deu mais motivação para continuar com energia redobrada a denunciar a podrião moral e sobretudo política que se apoderou deste concelho.
Chamou-me o sr. vereador Nuno Pestana - e di-lo-ei seja onde for pois é a pura da verdade - entre outras coisas, parasita. Ficamos assim a saber o que pensa acerca de quem está desempregado. É esta a opinião política do senhor vereador? Quem está desempregado é um parasita?
Quem diria! Não foi isso que ouvimos da sua boca aquando da campanha eleitoral em que lamentou de forma pesarosa que muitos jovens abandonavam o concelho devido ao facto de aqui o emprego ser então (e agora ainda mais) escassíssimo.






Não gosto nem nunca gostei de fulanizar. Eu discuto e opino sobre questões políticas e não pessoais. Isto não é perseguição a quem quer que seja e muito menos um ataque pessoal - antes pelo contrário; eu sim é que fui vítima de um ataque pessoal e de ameaças de forma miserável, cobarde, soez e totalmente inaceitável.
Se o sr. vereador me quiser tentar intimidar e silenciar vai ter que passar das palavras aos actos, vai ter que subir a parada, vai ter que passar de nível e vai ter que me partir efectivamente «as ventas» ou melhor, vai ter que tentar pois entre tentar e consumar vai uma distância abissal.
Não me calo nem me calam. Jamais permitirei que ninguém, seja quem for e onde for, me amordace e me negue o direito constitucional à liberdade de expressão, à liberdade de pensamento e à liberdade de opinião.
Portugal não é a Coreia do Norte.

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