sábado, novembro 29, 2014

PENSAMENTOS MANHOSOS – “O FUTURO”

Embora não nos apercebamos ainda bem, tudo está a mudar na sociedade mundial em geral e na Portuguesa em particular que é o que nos interessa. Sim porque eu não sou daqueles que acreditam que a globalização é o único caminho. 
Há 40 anos Portugal era um estado soberano, independente e respeitado no mundo inteiro. Mandava quem sabia e quem pensava que sabia não tinha hipóteses de enganar ninguém. Havia meia dúzia de carteiristas que ganhavam a sua vida humildemente nos apertos do Metro e nas paragens dos transportes públicos. Claro está que haviam excessos e muitas pessoas válidas foram afastadas por serem perigosas a um regime que não entendia a evolução. Fartos de um regime que não os deixava abotoar à vara larga nas riquezas incomensuráveis de África, alguns inteligentes tipo Americanos, Russos, Chineses resolveram apoiar uma Revolução de Abril aproveitando-se da inexperiência de meia dúzia de militares que só queriam, em principio, acabar com as guerras coloniais onde tantos jovens perderam a vida. Assim que se dá a Revolução apressaram-se a enviar os seus representantes para “salvarem” Portugal dos opressores. Dos dois principais rostos do pós-Revolução, só um teve direito a chegar ao topo. Vai daí toca a dar indepêndencia ás “Colónias”. Saltámos fora e deixámos milhões de Portugueses, entregues a guerrilheiros sem formação que rápidamente tomaram conta das respectivas “quintas”. Entre barafundas e desmandos, ficaram os capatazes que mais convinham às tais potências estrangeiras a gerir as coisas a contento. Olhemos hoje e veremos quem está a tirar riquezas enormes de África ... e olhem que não é o Povo desses Países. Não há recuo possível da nossa adesão a União Europeia. Fomos desarmados e estamos reféns de Povos a quem outrora matámos a fome nesta Europa. Mas também estamos reféns dos filhos que abandonámos em África. Tal como as novas gerações Europeias se estão borrifando para o bem que lhes fizemos, também os Africanos transformaram em mal o bem que lhes fizemos e, mesmo que digam que não, todos os que vivemos nessa época “do antigamente” sentimos que eles se vão vingar de nós, porque alguém lhes disse que nós éramos os maus. Até Timor já grita connosco. Reparem que o único País de língua portuguesa da América do Sul, é o que está melhor e agora conta anedotas sobre nós. Todos os outros que ficaram sob o regime espanhol estão como estão. Não aprendemos nada com o passado. E vamos de novo cometer os mesmos erros. É fatal, agora com os Árabes. Andam os nossos Governantes de mão estendida pelo Norte de África à procura de migalhas que ainda se fossem para o nosso povo tinham desculpa mas não; andam à cata de novas fontes que lhes abasteçam os bolsos deles. Não há por enquanto, e nos próximos 300 anos, condições de convivência “normal” entre civilizações tão diferentes. Não garanto qual das civilizações é a melhor, se a deles se a nossa. Provavelmente até somos dissidentes dessas civilizações. Uma coisa é certa: quando escolhemos a nossa independência e empurrámos essas civilizações para o outro lado da ribeira grande foi porque entendemos que o nosso caminho tinha de ser outro. Fomos ao longo dos anos tentando aperfeiçoar a nossa civilização, procurando que as pessoas se respeitassem umas às outras nas suas relações de base. Fomos, ao longo de séculos, ganhando a admiração e o respeito dos outros povos do mundo inteiro. Demos um exemplo ao mundo inteiro quando em 1867 fomos os primeiros a abolir a pena de morte. Firmámo-nos como um povo honesto e trabalhador. Nos últimos 40 anos, meia dúzia, sim meia dúzia, de idealistas de trazer por casa, encarregaram-se de nos pôr no degrau mais baixo da miséria. Descredibilizaram-nos. Atiram-nos à cara que não produzimos. Que vivemos acima das nossas posses. Que fomos nós que roubámos o país. Depois quando algum se descuida e é apanhado pelas malhas da teia, que afinal de contas foram eles próprios que criaram, bradam e clamam que estão a ser perseguidos, que estão a ser nossas vítimas. Tentam intimidar a Justiça tal e qual como “o outro fazia”, só que o outro morreu pobre, e eles vivem na opulência e a amealhar fortunas que é para quando o dinheiro puder comprar a morte, eles não vão morrer nunca. 
NÃO. NÃO FOMOS NÓS QUE VENDEMOS PORTUGAL. NÃO FOMOS NÓS QUE ROUBÁMOS O POVO! 
Os “políticos” pedem-nos que votemos neles da mesma forma que a televisão nos pede que liguemos com chamadas de valor acrescentado porque querem fazer-nos crer que: A DECISÃO É SUA.

Uma boa semana para todos e pensem.

Jorge Mendes
Bruxelas, 27/11/2014

sexta-feira, novembro 28, 2014

Adivinhe quem paga

Se persistir a política de vistas curtas, a miopia de muitos autarcas em criar dificuldades para distribuir facilidades, apesar de ser pela via legal, muitas vezes sem ser pela via da corrupção ou do tráfico de influências, mas antes para mostrar poder, o interior do país continuará a definhar, o país não sairá da crise profunda em que se encontra.

(…)

Autarcas de Portugal, não deixem crescer mais os vossos serviços públicos, porque o custo de os suportar cairá fatalmente nos vossos munícipes. E os munícipes descontentes vão-se embora. Não ficam. Só os velhos, doentes ou dependentes é que não escapam a esta fatalidade.

José Gomes Ferreira, O Meu Programa de Governo – Propostas para uma economia mais produtiva e para uma sociedade mais equilibrada


Já não é a primeira nem a segunda vez. Na verdade, desde que o actual executivo municipal tomou posse - há um ano - já terão sido mais de meia dúzia os chamados plenários gerais de trabalhadores vinculados à Câmara Municipal de Alcácer do Sal.
Ora perguntará o leitor, o que é um plenário geral de trabalhadores?
Um plenário geral de trabalhadores mais não é do que uma reunião de todos os funcionários de todos os escalões da câmara, reunião essa convocada pelo executivo e onde serão discutidos assuntos que este coloca em agenda.
Não, ninguém descobriu a pólvora. Isto não é coisa nova. Nos anos 70 havia um programa na RTP onde o então Primeiro-Ministro vinha falar de alguns temas aos portugueses. Eram as célebres «Conversas em Família» do professor Marcello Caetano. Ora parece que as conversas em família estão de volta… pelo menos a Alcácer do Sal.





A última das conversas em família do executivo municipal teve lugar na Quinta-feira passada, dia 20 de Novembro. Toda a minha gente, todos os trabalhadores da câmara e até da moribunda EMSUAS foram convocados. Todos! E lá foram ouvir a aula do professor Proença.
Ora parece que o tema da última conversa em família foi o orçamento; o municipal e o do Estado. Tudo estaria bem não fosse haver sempre alguém que faz aquelas perguntas, chatas, que ninguém faz, alguém que faz as chamadas «one million dollar questions». Já que se falou de orçamentos e de números era importante - e a questão põe-se mesmo e é pertinente – saber quanto é que isto custou (e custa) aos cofres do município. Aliás, quanto é que a coisa ao todo já custou?
Ora vamos lá a ver (só) o último caso. Na passada Quinta-feira, logo pela manhã toda a gente rumou ao Auditório Municipal e a coisa durou toda a manhã. 




Imagens: Câmara Municipal de Alcácer do Sal (Facebook) 


No caso do Torrão, toda a gente abalou pela manhãzinha. A partida foi às oito da manhã e a chegada pela hora do almoço. Nem um funcionário da câmara se viu durante a manhã, tudo esteve parado.
Porquê a necessidade de paralisar totalmente o funcionamento da autarquia para dar conhecimento do orçamento municipal? E até… do Orçamento do Estado?
Já agora, alguém percebeu alguma coisa? Alguém saiu de lá a saber o que é o PPI, o PPA, o FAM, etc., etc., etc.? Por acaso terá sido dito quanto é que a câmara vai gastar com os processos judiciais que tem em cima, alguns bem interessantes certamente? A começar pelos tais, os da Comporta que a TVI trouxe à baila.
Qual a necessidade do executivo inteiro apresentar o Orçamento Municipal? Para se desresponsabilizar? Para sacudir a água do capote? Para se desculpabilizar? Aliás, tem a necessidade de se desculpabilizar? Já?!
Ora está bem de ver que a explicação não é técnica mas política e vista pelo prisma, pela objectiva, pela tendência política do executivo.
Mas vamos lá então fazer umas continhas. Durante uma manhã inteira ninguém naquela câmara trabalhou. Duas carrinhas saíram do Torrão. Todos os funcionários tiveram forçosamente que comparecer. Isto é, no mínimo, usar os meios da CMAS para doutrinar politicamente.







Mas agora vejamos: gastos com combustível de duas viaturas – isto se não vieram cá de propósito busca-los. Isto no Torrão mas ainda há os outros pontos do concelho. Outra questão: Quanto ganha em média um funcionário por hora? Agora multiplique-se por quatro horas e por centenas de funcionários! Já para não falar no facto de que uma câmara inteira esteve totalmente paralisada e dos munícipes que precisaram de resolver algum problema bateram literalmente com o nariz na porta. Quanto custou? Quem pagou?
E já que se falou de orçamento também seria importante falar de uma coisa que se chama produtividade, um dos grandes problemas da economia nacional. Ora parece que este tipo de medidas não é coisa amiga da produtividade. Aliás, se há serviços que não são produtivos são justamente os serviços camarários – e isso não é de hoje nem de ontem – mas há que espalhar demagogia e como tal nenhum executivo tem a coragem política para dizer que «o rei vai nu». É que sem produtividade não há orçamento que resista. Só a título de exemplo, o Largo das Palmeiras daqui a pouco há três meses que foi iniciado e se se descuidarem muito só para o ano estará totalmente terminado.
Resumindo e concluindo, quem paga as «conversas em família» do executivo municipal? Quem paga estes comícios encapotados? - o que chamar a isto senão um comício? Um comício encapotado. Pago por quem? Pago pelos do costume.
Como dizem alguns; pagam os desempregados, pagam os pobres, os mais pobres. Pagam e pagam com língua de palmo… estas e outras.
Ah é verdade, o concelho de Alcácer do Sal foi aquele onde o desemprego mais cresceu e é um dos mais pobres do país. É sempre importante ter tal sempre bem presente. É mais o desemprego e a miséria do que é a vida.



quinta-feira, novembro 27, 2014

Cante Alentejano é Património da Humanidade

O Cante Alentejano já é Património da Humanidade. Cinco minutos foi quanto precisou o Committee for the Safeguarding of the Intangible Cultural Heritage, o órgão da UNESCO que reuniu em Paris, para declarar o «canto polifónico do Alentejo, sul de Portugal» Intangible Cultural Heritage of Humanity. A canção portuguesa fez parte da lista de vinte sete elementos oriundos de todo o mundo que são agora Património Imaterial da Humanidade.

A candidatura do cante a património imaterial da UNESCO teve como promotores a Câmara Municipal de Serpa e a Entidade Regional de Turismo/Agência de Promoção do Alentejo. Independentemente da decisão que viesse a ser tomada pelo órgão da UNESCO a quem compete esta matéria, a candidatura criou uma dinâmica regional e local que trouxe uma vitalidade ao cante, com o aparecimento de novos grupos, muitos deles compostos por jovens, e uma visibilidade mediática inédita. Existem actualmente mais de 150 grupos de cante no Alentejo. Um deles sedeado no Torrão, o Grupo Coral Feminino de Cantares do Xarrama, fundado em 1986. 



Vídeo de promoção junto da UNESCO


Grupo Coral Feminino de Cantares do Xarrama, Torrão

sábado, novembro 22, 2014

PENSAMENTOS MANHOSOS – “OS AGIOTAS”

Mentir para defesa pessoal até em tribunal é permitido, daí que eu não fique nada admirado ao ver a desfaçatez com que os intervenientes nesta história dos Vistos Dourados, todos aleguem não ter conhecimento de nada nem tão pouco das suas empresas estarem e intermediar todas estas cabalas. É que sendo até verdade que nenhum desses personagens esteve ou está envolvido então a coisa ainda se torna pior. Querem ver que afinal foi um Zé ninguém que captou, negociou e deu os tais Vistos! E os responsáveis máximos foram enganados. Desde que um ex- Ministro das Finanças nos garantiu que qualquer empresa bancária pode ocultar os esquemas a quem tem obrigação de os fiscalizar tudo é possível. Bom mas assim sendo o que andam estes passarões tipo, Presidentes, Directores, Gerentes, Administradores, Deputados, Governantes, etc. a fazer, se não são vistos nem achados nos assuntos nem responsabilizados pelos mesmos? Quando não fazem nada... é a crise, quando fazem alguma coisa para a qual são pagos é só fotos nos jornais, reportagens em tudo quanto é imprensa fazendo até lembrar o «Corta-Fitas». Como nos habituaram nos últimos anos, este maralhal das estratosferas da finança ganha segundo os objectivos. Então mas se tudo está falido em Portugal porque é que ganham os prémios? Será que os objectivos serão mesmo a destruição de tudo quanto dê lucro neste País? São piores que os jogadores da bola, que ganham balúrdios para chutar mas depois se acertarem na baliza têem um prémio de jogo, dando assim a impressão que o que ganham é só para lá estar. Mas não nos desviemos do assunto. O Paulo Portas fartou-se de gritar hoje que os Vistos não são lavagem de dinheiro. Bem então qual é a lógica de chinocas investirem honestamente em Portugal se a China é um mercado de negócio tão cobiçado pelo resto do Mundo e que lhes daria, seguramente, um retorno muito maior? Fica tudo “enxofrado” quando os nossos homens de negócios vão pôr o dinheiro das empresas portuguesas na Holanda e no Luxemburgo, acusando-os de fugirem ao fisco português e depois acreditam, e estão de acordo, quando os “honestos” homens de negócio chineses põem o dinheiro deles cá!!! Aparentemente já só restam, das jóias da coroa, a PT, a TAP e a CGD mas andam aflitinhos por as venderem antes de acabar a legislatura. Mas afinal qual é o intuito deste desbaste económico apressado? Como é que alguém que não produz poderá sobreviver sem ser a pedir esmola? Os nossos filhos e netos já estão empenhados até 2040 mais os juros, claro. 
Que os Governantes não tenham capacidade nós já estamos habituados. Que os Presidentes da República não contribuam em nada, mas absolutamente nada, para encontrar soluções lógicas e viáveis, também já estamos habituados. Brevemente o homem do fraque vai chegar e dizer: acabou o regabofe, tudo para a rua! Vamos ser despejados!!! Bem, mas isso também já estamos habituados. Mas até quando é que a política vai deixar de ser um sítio porreiro para se estar ao abrigo das contrariedades da vida e passa a ser encarado como uma nobre missão de trabalho em que se tem de produzir para ganhar um salário, mas sobretudo porque se tem a possibilidade de servir um país, lugar que só deve ser ocupado pelos mais competentes? Quando se toma uma decisão que nos diz respeito a nós próprios é uma coisa que poderá alterar para melhor ou pior, as nossas vidas, mas tomar uma decisão que pode desgraçar a vida de milhões de pessoas devia merecer uma maior responsabilidade. 
Estes “Pensamentos Manhosos” de hoje podem até parecer política mas não são, porque de política não percebo nada, trata-se tão simplesmente de reflectir sobre as nossas vidas. Então já empenhámos quase tudo e vamos permitir pacificamente que empenhem o resto? Então se os professores têem de fazer exames, reciclagens e outras aberrações para darem aulas, porque é que para governarem as nossas vidas, sim porque se trata das nossas vidas e das dos nossos, não têem de dar provas de capacidade de coisíssima nenhuma!!!??? Basta pertencer à manada e ser bem comportado!!!??? Basta dizer que se é do partido tal ou tal!!!??? Basta ser familiar de algum agiota!!!??? 
Vamos lá abrir a pestana e se não quiserem pensar, pelo menos reflictam, que é mais fino.

Uma boa semana para todos e pensem.

Jorge Mendes
Bruxelas, 20/11/2014

quinta-feira, novembro 20, 2014

Câmara de Alcácer entre as premiadas pela qualidade da água




A Câmara Municipal de Alcácer do Sal foi uma das 74 entidades distinguidas com o selo de «Qualidade Exemplar de Água para Consumo Humano». A entrega do galardão decorreu ontem, dia 19 de Novembro, numa cerimónia que integrou a 9ª Expo-Conferência da Água, iniciativa promovida pelo jornal Água & Ambiente e que decorreu no Centro de Congressos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa.
O município fez-se representar pela Vereadora que tutela este Pelouro, Ana Soares. Em declarações na sua página pessoal do Facebook, a autarca afirma que este prémio «é o resultado do empenho e dedicação de todos os funcionários da autarquia que todos os dias se esforçam para conseguir servir a população com qualidade».
Os prémios e Selos de Qualidade de Serviços em Águas e Resíduos resultam de uma pareceria entra a entidade reguladora do sector (ERSAR) e o jornal Água & Ambiente, que conta com a colaboração da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), da Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental (APESB) e da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH) – e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e têm como objectivo "identificar, premiar e divulgar casos portugueses de referência relativos à qualidade dos serviços de abastecimento público de água, saneamento de águas urbanas residuais e gestão de resíduos urbanos, contribuindo para a melhoria da qualidade do serviço prestado aos cidadãos".
Os operadores a quem é atribuído um selo de qualidade, recebem um certificado e o direito de usar essa imagem, através da sua utilização na sua imagem institucional.


Veja aqui a lista de todas as entidades distinguidas

quarta-feira, novembro 19, 2014

Alcácer do Sal: Empresário de Brejos da Carregueira de Baixo desespera com estado da estrada municipal

O proprietário de um café nos Brejos da Carregueira de Baixo, no concelho de Alcácer do Sal, está desesperado com o estado do acesso ao local, que, de acordo com o proprietário do restaurante, é da responsabilidade do município, e com o impacto que isso tem no seu negócio e fez chegar a sua preocupação e as imagens da via altamente degradada às redes sociais.
«Venho por este meio dirigir-me aos responsáveis pelas estradas municipais da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e a todos os que de alguma forma possam solucionar o actual estado da estrada de acesso aos Brejos da Carregueira de Baixo. Nós, que cá vivemos desde sempre e que com o nosso restaurante tentamos equilibrar as nossas contas para não dever nada a ninguém, nomeadamente temos os nossos impostos em dia, estamos agora isolados devido a obras na estrada já mencionada, que pararam de um dia para o outro. Esta espécie de acesso está praticamente intransitável e para quem ganha a vida com um negócio num local onde se torna cada vez mais difícil, perguntamos: Para quando uma solução? Será necessário chamar uma equipa de reportagem?»
O estado das estradas no concelho de Alcácer do Sal, um concelho onde o desemprego mais cresceu na última década e que procura desesperadamente incrementar a sua economia, é um factor problemático não só para a economia local porque por um lado desincentiva ao investimento e por outro lado coloca em sérios problemas aqueles que fixaram aqui os seus negócios como, e sobretudo, em termos de segurança rodoviária e tanto estradas municipais como estradas nacionais apresentam sinais de preocupante degradação. A título de exemplo, e para além da estrada dos Brejos da Carregueira de Baixo, temos a estrada que liga S. Romão do Sado, na freguesia do Torrão a Grândola, da qual demos notícia aqui. Contudo o caso mais mediático tem sido o da estrada que liga Alcácer do Sal a Grândola (IC1). Há muito que as populações lutam e exigem ao governo as necessárias obras que requalificação de uma estrada onde já se verificaram múltiplos acidentes dos quais alguns já causaram vítimas mortais. Este é também o único caso que desperta o interesse da autarquia local e também da comunicação social, como se pode ver aqui
Em declarações à RTP, aquando do último protesto, no passado mês de Junho, o presidente da câmara de Alcácer, Vitor Proença, marcou presença na manifestação e insurgiu-se contra o governo e contra a Estradas de Portugal por nada fazerem relativamente a este caso e classificou mesmo a estrada como «uma armadilha sucessiva» e pede um consenso para se «encontrar soluções para que se inicie rapidamente a intervenção desta obra». No entanto, é agora a câmara municipal acusada de ter exactamente o mesmo comportamento relativamente a esta estrada sob a sua tutela.




















Fotos: Casa Messejana Gervásio António (Facebook)

segunda-feira, novembro 17, 2014

sábado, novembro 15, 2014

PENSAMENTOS MANHOSOS – Enojado

O Mundo em geral e Portugal em particular, porque é o que mais directamente me diz respeito, estão a ser (des)governados por um bando de sacripantas dirigidos por meia dúzia de velhos caquenhos que a partir da sua invisibilidade e do dinheiro que foram roubando ao longo de décadas se arrolam o direito de decidir da vida da humanidade. Se repararmos atentamente nas tristes figuras e nos discursos dos dirigentes(?) políticos fácilmente descortinamos a falta de substrato e cultura para ocuparem seja que cargo for. Quando um individuo que se quer responsável diz: A partir de agora quem quizer vir dormir em Lisboa tem de pagar mais 1 euro, terá forçosamente de se tratar de uma mente distorcida e totalmente isenta de qualquer escrúpulo e noção de civismo. Com tanta maneira que há de lançar impostos escolhe-se exactamente a mais ridícula tipo: venham jantar a minha casa mas tragam a comida. Com que propósito exactamente? Como é que vão controlar isso exactamente? Antigamente, até há muito pouco tempo e não tenho a certeza se a lei não existe ainda, todas as unidades hoteleiras eram obrigadas a preencher as Fichas de Polícia dos hospedes que depois eram enviadas ás esquadras de Polícia ou GNR da área e mediante o número de registos se pagava uma determinada quantia para o estado. Provavelmente com receio de que estes registos comprometessem certos figurões intocáveis que se alambazam nas carnes de prostitutas, contra as quais não tenho absolutamente nada contra, antes pelo contrário, e dos prostitutos que também não me aquecem nem arrefecem, por esses hóteis fora, a medida deixou de ser aplicada à risca. Mas o dito cérebro podia ainda ter dito: o dinheiro vai servir para dar uma cama aos sem-abrigo de Lisboa que dormem no túnel do Marquês, ou nas entradas das estações de Metro. Este António Costa começa a parecer-se muito com o Bruno de Carvalho; disparam rajadas em todas as direcções para ver se acertam em alguma coisa. Mas há mais, porque cérebros destes felizmente são o que não falta neste País de génios. Como é que um miúdo destes que nos desgoverna, ousa ofender continuamente os “velhos” deste País que foram quem lhes proporcionou esta vida de chulos que levam. Quem são estes vermes para decidirem quando é que eu tenho de deixar de trabalhar e reformar-me? Para decidirem se eu me tenho de reformar aos 60, aos 65 ou aos 67 teriam de me garantir condições dignas de vida. Mas o que é que o “bétinho” do Lambretas sabe da dificuldade da vida das pessoas para ser Ministro do Assuntos Sociais e não sei de quantas tretas mais? Mas o que é que o Pires de Lima tem a defender para os da minha classe? Até os que vieram da miséria do pé descalço quando sobem as escadas da Assembleia da República deixam de ter algo a defender do meu lado porque o lado deles passa a ser o outro onde ainda não estavam só porque não conseguiam, mas a que sempre sonharam pertencer. Estou a atingir o ponto de saturação desta palhaçada toda e como eu milhares de outros também o estão. Servi a Marinha Portuguesa com um orgulho enorme entre 1967 e 1973 e nunca me senti tão descriminado, enxovalhado, desrespeitado como nesta democracia da treta onde conta mais o que dizem do que o que fazem. Venho do tempo em que as medalhas eram ganhas por actos de bravura e relevo em prol do País. Tenho nojo destes medalhados que se devem perguntar: porquê? Quem dorme com uma medalha ao peito porque desgraçou a vida de milhões de pessoas só consegue dormir porque nem noção tem dos horríveis actos criminosos que cometeu para a ganhar.

Começo mesmo a pôr em duvida a utilidade da escrita e da palavra em vez da acção. Começo mesmo a ter muitas dúvidas em relação a muita coisa. Sou um homem felizmente saudável, que penso continuar equilibrado emocionalmente, mas a sentir-me empurrado para a inutilidade pelos tais sacripantas que se arrolam o direito de decidirem tudo por mim.


Uma boa semana para todos e pensem.

Jorge Mendes
Bruxelas, 12/11/2014

segunda-feira, novembro 10, 2014

Quatro anos depois da construção: Pavilhão gimno-desportivo do Torrão apresenta múltiplas patologias

Quatro anos após a sua inauguração, o pavilhão gimno-desportivo do Torrão já apresenta algumas patologias que devem no mínimo causar apreensão.
Essas patologias podem ser observadas à vista desarmada e não são coisa insignificante. Desde inflitrações até a queda de placas de revestimento exterior e fissuras nas paredes, encontra-se um pouco de tudo.
Recorde-se que o pavilhão do Torrão foi inaugurado há quatro anos e custou cerca de dois milhões de euros e que pouco depois da inauguração já metia água.
A situação mais grave que ali ocorreu entretanto foi a destruição de grande parte do tecto em gesso cartonado pela entrada de água depois de uma chuvada forte ter deixado em evidência a pouca capacidade de escoamento do sistema.



À entrada, uma placa de gesso cartonado apresenta bolor, sinal de que ali há uma infiltração


As condutas de escoamento vomitam literalmente ferrugem. Como não foi projectado nenhum canal colector a ferrugem marca o passeio. Um nódoa.



Pela segunda vez, embora em lugar distinto, o revestimento cerâmico da parede volta a desprender-se.






Uma, duas, três, quatro fissuras bem vincadas na parede das traseiras. Resta saber o que estará na origem desta patologia


Também as peças cerâmicas desta parede estão a cair

sábado, novembro 08, 2014

PENSAMENTOS MANHOSOS – Europeanices


A Europa já é uma realidade há muitos e muitos anos. A União é que vai levar muitos, muiiiitos mais anos.
Salazar sempre recusou a CEE porque queria para nós o papel de supermercado da Europa ou seja produzir, comprar e vender mas os mentores queriam dar-nos o papel de estância de férias, bom clima, bom sol mar quente, lugar para ricos descansarem. Depois, finalmente conseguiram impôr a Portugal o papel que estes novos beneficiários da democracia acharam que dava menos trabalho: o turismo barato, destruindo-nos toda e qualquer produção, salários de miséria, onde os ricos jogam golfe por preços irrisórios comparados com os praticados no Mónaco, na América e até mesmo em Espanha... até aqui do mal o menos. Eu, como já disse, sou um europeu convicto, mas não da forma que eles estão a querer construí-lo. Na Europa que eu quero, não é lá porque os outros festejam o “Dia dos Namorados” que eu também o tenho de festejar. Eu quero festejar as nossas datas históricas e ou religiosas sem me sentir inferior. Os espanhóis matam os touros, pois que lhes faça bom proveito, eu prefiro de longe a tourada à portuguesa e não sou mais atrasado que os espanhóis por isso. Eu respeito todas as religiões desde que não me sejam impostas à minha visão. Eu adoro as nossas Romarias que não têem igual em toda a Europa. Eu respeito a eutanásia desde que não se comece a utilizá-la para matar inocentes que não deram o seu acordo com lucidez. Se o meu país resolver por maioria aderir ao Islão eu respeito mas mudo de nacionalidade. Eu não admito que nenhum imbecil me diga que Portugal é uma província de Espanha como já aconteceu, dito por um professor da Universidade de Leiden à minha frente e que o expulsei do meu camarim. Eu não admito que me digam que as fronteiras de Portugal foram roubadas e que não temos o direito de estar aqui. Eu exijo respeito pelos meus antepassados que levaram a civilização ao Mundo. Já no tempo das Descobertas nós tínhamos o trabalho e o risco de viajar no tenebroso mar para irmos buscar coisas que nos faziam falta e depois haviam já os espertos da altura, que continuam a ser os mesmos espertos de agora, que nos esperavam e roubavam tudo. Se não fossem os nossos heróis do passado que seriam hoje o Brasil, Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, Madeira, Açores, a Índia a própria Europa mais recentemente, etc... etc... etc...? Matámos a fome a alemães, franceses, belgas, holandeses, espanhóis e muitos mais entre 1940 e 1945 e salvámos milhares e milhares de vidas neste conflito. Eles esqueceram rápido a ajuda que receberam mas nós não devemos esquecer. Eu falo sempre com eles de fronte erguida. Mas também há uma coisa que os portugueses devem saber, não são propriamente eles que nos descriminam mas sim nós que nos pomos a jeito. Talvez ou seguramente por desconhecimento pois a nova democracia convinha-lhes fazer-nos crer e envergonhar-nos do nosso passado histórico para melhor se fazerem passar por nossos redentores. 
Sempre falei com toda a gente de igual para igual e por isso seguramente sempre fui respeitado por onde tenho passado. Todas essas patranhas que nos contam agora de que temos de negociar com as ex-colónias, aceitar as exigências dos outros países, bla...bla...bla... só servem aos distraídos. Se todos esses países nos pagassem aquilo que nós lhes perdoámos de dívida, seríamos nós que emprestaríamos, mesmo assim continuamos a emprestar, dinheiro e solidariedade aos povos nossos irmãos que estão nas mãos dos malvados deste mundo, que os mantêm na ignorância com as mesmas patranhas de que os maus somos nós. MENTIRA! O Povo Português - ao qual tenho um enorme orgulho de pertencer - é o melhor e mais solidário povo deste mundo. Só precisamos que nos apareça alguém honesto que nos ajude a recuperar a noção do que é a verdadeira democracia que acaba onde acaba a liberdade do nosso semelhante. Mas a liberdade do nosso semelhante tem também de respeitar a nossa liberdade. Posso ter outros caminhos à minha escolha, mas ninguém é mais democrata do que eu, embora reconheça que há muitos como eu só que estão calados ou, o que é pior, os seus gritos são abafados por aqueles a quem convém que a farsa continue.

Uma boa semana para todos e pensem.

Jorge Mendes
Bruxelas, 05/11/2014

quinta-feira, novembro 06, 2014

Grande sondagem Pedra no Chinelo revela enorme desgaste dos executivos municipal e da junta do Torrão

As duas grandes sondagens Pedra no Chinelo cuja votação fechou há dois dias atrás não deixam margem para dúvidas. Passado um ano desde a tomada de posse, tanto o executivo municipal, liderado por Vítor Proença, como o executivo da Junta de Freguesia do Torrão, liderado por Virgílio Silva, apresentam já um enorme e preocupante desgaste.
Longe vão os dias em que a apreciação feita por parte dos leitores do Pedra no Chinelo era globalmente positiva. A sondagem levada então a cabo aquando dos primeiros 100 dias de mandato, ainda em estado de graça, mostravam que a apreciação positiva era apesar de tudo de apenas 55,5% enquanto 26,5% dos que responderam à sondagem não consideravam a prestação nem positiva nem negativa, mostrando-se neutros. Essa opinião, como se pode ver mudou radicalmente com 73,08% dos inquiridos a darem nota negativa enquanto apenas pouco mais que um quarto, 26,92% consideram positivo o primeiro ano de mandato de Proença à frente dos destinos do município.
Inquiridos no sentido de avaliar, numa escala de 0 a 10, a prestação no primeiro ano de mandato, os extremos recolhem o maior número de votos. Mais de um quinto (21,15%) atribui a nota «zero» logo seguido do «dez» que recolhe 17,31%.
Em termos de «nota», globalmente, os leitores atribuíram 3,88 valores ao primeiro ano de gestão do executivo camarário. 













Também relativamente ao Presidente da Junta de Freguesia do Torrão, Virgílio Silva, os resultados são similares. Também em estado de graça, aquando dos primeiros 100 dias de mandato, a sondagem então levada a cabo mostrava resultados similares onde a apreciação positiva recolhia a maioria das opiniões (54%) enquanto que 35,1% não consideravam o desempenho nem positivo nem negativo o que não é agora o caso.
Quase dois terços (62,51%) dão nota negativa ao primeiro ano de mandato de Virgílio Silva enquanto apenas 37,49% dos inquiridos fazem uma apreciação positiva.
Também neste caso, os extremos recolhem a maioria das opiniões e globalmente a «nota» atribuída é de 4,11 valores.