sábado, janeiro 25, 2014

Escolas de 4 milhões já não servem: o artigo




Com a junção de turmas as salas ficaram demasiado pequenas. Exposição das janelas ao sol e calor gerado pelo quadro interactivo torna o espaço demasiado quente. Pais exigem solução do problema e a Direcção Regional de Educação pede ajuda ao município.


As novas escolas públicas do concelho de Alcácer do Sal, acabadas de construir, já não reúnem as condições necessárias para funcionar e precisam de obras urgentes, revelou ontem o presidente da câmara, Vitor Proença.
Na mesma reunião em que o executivo camarário aprovou a conta final da construção de uma das escolas em causa - o Centro Escolar do Torrão - o autarca comunicou à vereação que a Direcção Regional de Educação da Região Alentejo (DREA) solicitou ajuda ao município para resolver o problema.
Foi a própria delegada regional de Educação, Maria Reina Martin, que esteve em reunião em Alcácer, na terça-feira, para pedir à autarquia que "avalie a hipótese de realizar obras de alteração", designadamente partir paredes para aumentar o tamanho das salas, revelou o edil.
O Centro Escolar da Comporta custou 1,3 milhões de euros e foi inaugurado há dois anos, mas, segundo foi dito na reunião "não é possível continuar a manter" o seu funcionamento, nas actuais condições, porque "os miúdos não podem lá estar".
As salas de aulas foram concebidas para turmas de 17 alunos mas, como entretanto, por decisão da Direcção Regional de Educação, houve junção de duas turmas numa, o número de alunos tornou-se excessivo para o espaço de aulas.
A sobrelotação conjugada com a exposição ao sol e com o calor gerado pelo quadro interactivo, num espaço reduzido, torna as condições insuportáveis para as crianças.
Os pais dos alunos exigiram à Direcção Regional que resolva o problema pelo que a delegada regional procura a cooperação da autarquia.
O Centro Escolar do Torrão, cuja empreitada de construção, no valor de 2,6 milhões de euros, não foi sequer recepcionada formalmente, está na mesma situação.
Na reunião de Câmara, Vitor Proença (CDU) disse ontem que o município vai "estudar a questão", visto tratar-se de uma "situação urgente" e "fortemente preocupante".
Também a vereadora Isabel Vicente (PS) explicou que o anterior executivo municipal "já tinha colocado aos pais a intenção de serem colocadas duas turmas na mesma sala, o que os pais recusaram" e sustentou que o que a "DREA pretende, com a junção de turmas, é poupar no número de professores".
O DIÁRIO DA REGIÃO contactou ontem a Direcção Regional de Educação da Região Alentejo, mas a delegada regional Maria Reina Martin não estava de serviço.

Fonte: Diário da Região, edição de 24 de Janeiro de 2014

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