terça-feira, outubro 22, 2013

Tomada de posse da nova Assembleia Municipal de Alcácer do Sal

Um auditório municipal completamente lotado inclusive por bastante gente que ficou em pé, assim se pode descrever a sessão solene de instalação da nova Assembleia Municipal de Alcácer do Sal e respectiva tomada de posse dos seus membros e dos membros que compõem o executivo da Câmara Municipal para os próximos quatro anos.
Após abertos os trabalhos pelo presidente cessante da Assembleia Municipal, Duarte Faria, deu-se início à tomada de posse dos deputados municipais - 12 deputados da CDU (a deputada Ana Semião faltou embora a sua falta tenha sido justificada) eleitos directamente mais os quatro presidente de junta que por inerência têm acento no plenário, e 8 do PS.
Seguidamente, tomaram posse os membros que irão compôr o executivo camarário - Vitor Proença, Presidente eleito pela CDU, Ana Chaves, Ana Soares e Manuel Vitor, também da CDU, e Nuno Baião e Isabel Vicente, pelo PS. O Vereador eleito, José Torres Couto também faltou (embora com a respectiva fala justificada) ao acto de tomada de posse.
Em ambos os actos, os elementos que compõem tanto a Assembleia Municipal como a Câmara Municipal foram sendo chamados pela ordem de eleição.
Vitor Proença, que foi recebido com enorme júbilo e aplaudido de pé pelos munícipes presentes no início e no fim do seu discurso, na primeira intervenção, já empossado, com um discurso longo - uma diferença clara relativamente a Pedro Paredes, cujos discursos nunca iam além dos cinco minutos nem da meia dúzia de frases - o qual tem como destaques o facto de anunciar como primeira medida entre outras, reavaliar o projecto RUAS nomeadamente ao nível das popularmente chamadas «patas de cavalo» tal como aludido aqui.
Destaque ainda para o facto de Proença pretender dar ênfase e valorizar o património, a cultura e o desporto. Na verdade, levantando um pouco o véu sobre a forma como serão distribuidos os pelouros, Vitor Proença salientou que sob a sua alçada ficarão nomeadamente o Desenvolvimento Económico e Social e a Cultura.
Terminado o acto de posse, teve lugar a primeira sessão da Assembleia Municipal, tendo como ponto único de trabalho a eleição da respectiva Mesa - Presidente, 1º Secretário e 2º Secretário. 
Dirigiu os trabalhos, António Balona, cidadão que encabeça a lista mais votada. Posta à consideração de ambas as bancadas a forma de eleição (por lista ou uninomial, isto é nome a nome), devido ao adiantar da hora tanto a bancada do PS como da CDU optaram pela eleição por lista. A CDU apresentou e propôs a seguinte lista: 
Presidente da Assembleia Municipal, António Balona; 1º Secretário, Baltasar Flávio e 2º Secretário, Maria de Fátima Leite.
O PS optou por não apresentar qualquer proposta de lista.
Desta vez, ao contrário do que se passou em 2009, e sem surpresas, a lista proposta pela CDU foi aprovada com 16 votos a favor e 7 abstenções.



Na intervenção final, António Balona, lançou o repto ao público presente para que continue a ir às sessões da assembleia e que intervenha com críticas, sugestões ou qualquer assunto que qualquer um considere pertinente.
De referir ainda que estiveram presentes diversos representantes de instituições bem como o Comandante e 2º Comandante dos Bombeiros de Alcácer do Sal bem como elementos da GNR de Alcácer do Sal (Segundo-Sargento e Cabo-Chefe) todos devidamente fardados, coisa que não se verificou na tomada de posse dos novos elementos da Assembleia de Freguesia do Torrão. Cá, para além dos problemas já elencados no artigo que noticia o facto, ainda a ausência do comandante do posto da GNR do Torrão (ou um seu representante) e do Comandante ou 2º Comandante (sombra, visto que actualmente os BMT ao que parece não têm um de facto) dos Bombeiros do Torrão - devidamente fardados, e com a farda própria para a ocasião, claro está - foram notados... pelo menos por quem está atento a estas coisas. Bombeiros do Torrão que, já agora, também deviam ter-se feito representar, ao nível de comando à semelhança da sua congénere alcacerense, na sessão solene de instalação da Assembleia Municipal.
Se porventura em todos os casos, foram convidados e não se dignaram em pôr lá os pés, aí nesse caso é lamentável e inaceitável.
Curioso foi o facto de ver que tanto no caso da Assembleia Municipal como no caso da Assembleia de Freguesia do Torrão muitos (e muitas) dos que tomaram posse não iam vestidos com o preceito devido, afinal de contas estes eventos são ou deviam ou deveriam ser solenes e o «dress code» impunha que os cavalheiros se apresentassem de fato e gravata (adequados) e as senhoras com vestuário também adequado.
Enfim, lacunas e falhas que devem (ou deviam) e deverão ser corrigidas. É o que dá andar-se nestas lides sem a menor sensibilidade, rigor e consciência protocolar.
Infelizmente em Portugal perdeu-se entre muitas coisas a noção de formalidade, solenidade, brio, garbo, sobriedade, elegância e claro, brilho cerimonial... já para não falar do ridículo.
Sinais dos tempos. Infelizmente tal já é pedir demais.
























Fotos: Paulo Selão e Câmara Municipal de Alcácer do Sal

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