quarta-feira, outubro 09, 2013

Aviso à navegação: É pra continuar

  "Até ao dia em que os filósofos sejam Reis, ou que Reis e Príncipes tenham o poder da filosofia e que a grandeza política e a sabedoria se encontrem numa mesma pessoa e que as pessoas mais mesquinhas que praticam a exclusão dos outros sejam compelidas a serem postas de lado, as cidades nunca descansarão dos seus demónios".


Porque há vida depois de 29 de Setembro, e antes da tomada de posse, avisa-se: o Pedra no Chinelo irá continuar o seu trabalho não porque seja justiceiro ou moralista ou perfeito mas porque exerce tão só o livre direito de cidadania activa pois a participação não se esgota no fim dos actos eleitorais. Bem pelo contrário, é o começo de tudo. Aqui existe de facto serviço público. Aqui procura-se de facto servir a comunidade e a população e não servir-se dela. E sem receber nada em troca. Este sim, é verdadeiramente «pro bono».
Aqui sempre se escreveu e escrever-se-á com desassombro e sem medo até porque, como foi referido em outro artigo, o autor nada tem a perder porque nada tem. Não tem esposa nem filhos e que ainda por cima dependessem de algo. Não tem emprego nem tacho, não faz parte de nenhuma equipa e deste modo, não tendo nada acaba por ter tudo, isto é, liberdade total, não tem o «rabo preso». Tal como referido em outro artigo, o autor do blog não tiraria vantagens nem desvantagens independentemente de quem ganhasse as eleições portanto nada mudou ou muda e sendo assim...
 Também já se viu que não há temores de tribunais nem mais que seja - lá está, porque não tem o «rabo preso» nem nada a perder. Portanto enquanto estivermos por cá... Não nos calaremos. Este projecto é pelo bem-comum e não é por alguns nem é ou foi contra ninguém. Como tal será para continuar.
Vamos ficar atentos até porque a câmara não pode continuar a ser só algumas famílias, açambarcada por alguns. Nem câmara nem juntas.

Agora vai começar um novo ciclo de poder. Se porventura o vosso escriba tivesse sido eleito para a câmara certamente que a primeira coisa que faria era uma auditoria externa e interna. Tolo aquele que não o fizer. E claro, tornar os resultados da auditoria públicos. Vamos ver que tipo de coelhos é que saem de lá. O que podemos constatar é que segundo consta, alguns entraram lá - sem que nada o fizesse prever e sem qualquer competência ou habilitação para tal... gente completamente inútil... tiveram sorte, muita sorte -  há oito anos com uma «mão à frente e outra atrás» e agora é o que se vê: ordenadões de 1500€ para cima, carrões, jipões, propriedades, luxo, fausto, etc. Não é por acaso que queriam continuar. Diz que até choraram literalmente baba e ranho. Não foi por deixarem de servir o bom povo pois essa gente só vê o seu umbigo... e o seu bolso. Aliás foi por essas e outras, que iremos falar mais à frente que aconteceu o que todos esperavam menos os próprios. Agora, welcome to the real world, bem-vindos à realidade, ao desemprego e à precariedade isto se não forem encaixados noutro lado pois cá fora simplesmente muitos deles não sobrevivem.

Se porventura o vosso escriba tivesse sido eleito para a junta do Torrão ou mesmo da agora União de Freguesias, também a primeira coisa que faria era uma auditoria externa e interna às contas. Aliás, se este vosso amiguinho tivesse sido eleito para a junta do Torrão certamente que não se tiraria dali noite e dia e queria ver tudo ao pormenor antes que pudesse haver qualquer «jogada».
O que não falta é dezenas de taças e medalhas que vão sobrando. O que não falta são t-shirts, bonés, porta-chaves, etc.; toda a espécie de bugiganga que vai sobrando. Pelo menos foi assim ainda há um par de anos atrás. Digo-o aqui e agora. Foram milhares de contos em publicidade, obtida por ajuste directo. E os preços cobrados não eram propriamente baratos. Estamos à espera e exigimos ver as contas. A junta tem que abrir-se aos cidadãos, ser transparente e mostrar as continhas todas. Esta terá que ser forçosamente uma das primeiras tarefas do Presidente Virgílio Silva. Os orçamentos têm que ser públicos e participativos.
Outra situação que tem que ser esclarecida é a do número real e concreto de funcionários que a junta do Torrão tem bem como qual o tipo de contratos. Como é que é possível que em plena crise, a junta de freguesia do Torrão tenha duplicado o número de funcionários, exceptuando os que trabalham no cemitério, de dois para quatro?! Será que é necessária tanta gente? A junta de freguesia não pode continuar a ser um albergue espanhol de quinta categoria. Não pode ser uma Família & Amigos, Lda. Estamos a falar de um órgão de poder local, sustentado com os nossos impostos. COM OS MEUS IMPOSTOS. Com os impostos daqueles que tiveram que partir, que estão desempregados, que são precários. Não! Não nos conformamos nem nos calaremos.  Nós cá estamos para colaborar mas também para meter o dedo na ferida. Aqueles que pensaram que este não era um factor a ter em conta, lamentou-o amargamente dia 29 de Setembro. Hoje sem dúvida alguma que há um antes do Pedra no Chinelo e um depois do Pedra no Chinelo. Nada volta a ser como dantes. Hoje o Pedra no Chinelo, o seu autor e o Torrão têm projecção global (nacional e internacional). Alguns não perdoam mas já se terão conformado. Outros deixaram de falar com o autor do blog como se isso lhe fizesse alguma diferença ou mossa. Talvez ainda venham cá cair. Somos de antes quebrar que torcer.

Outro assunto que tem que ser resolvido é a dos constantes cortes de electricidade. No preciso momento em que escrevo estas linhas, houve um corte de luz - mais um - seguido de algo novo: A electricidade veio mas pela intensidade das luzes diríamos que com menor potência, com menor tensão. Na verdade certos equipamentos nem funcionam tal não é o diferencial. Diz-se que em Ferreira, Alcáçovas, Vila Nova, em nenhuma outra localidade se verifica tal coisa. Vê-se aqui no Torrão claro. É só nestas coisinhas é que o Torrão é forte mas não nos calaremos. Há mais de dez anos que isto se arrasta sem que haja uma solução. Desde que puseram o PT na Rua das Freiras a coisa ainda se agravou mais. Uma vergonha! Ainda assim será que não há ninguém que resolva isto ou que isto não tem solução? Mas a facturinha lá vem todos os mesitos.
Medições efectuadas à posteriori e informações obtidas directamente do piquete corroboraram a nossa tese.












O RUAS em Alcácer é um exemplo de como as coisas não devem ser feitas. O que se podia esperar de gente que nem as suas casas sabem gerir - tirando honrosas excepções, claro.
Ontem estive em Alcácer. Muito trabalho têm estes cavalheiros que foram agora escolhidos para estar aos comandos da câmara. As obras não atam nem desatam. A estrada, um horror, mais parece que foi bombardeada. Um pilar que de estético pouco tem, uma gasto desnecessário de betão e aço. Nos largos, em dias como o de ontem e de hoje, não se pode lá estar. Sem nem uma árvore e com calçada totalmente branca, cada largo de Alcácer do Sal é um pequeno forno. Toda esta cáfila de gente, arquitectos, engenheiros, executivos (brilhantes) não saberão porventura o que é o albedo? Nem um só largo de Alcácer mereceu a típica e famosa calçada portuguesa. NEM UM!
O Largo Luís de Camões, um pequeno assador. Paramos ali e nem 5 minutos parado se podia estar. O Largo Pedro Nunes, outro forno e com a estátua daquele que lhe dá o nome solitária no meio da praça em cima de qualquer coisa que mais parece um estrado. O Largo dos Açougues, outra desgraça, com bancos que mais parecem sepulturas.
Esta pérola captada por uma alcacerense mostra bem o surrealismo da coisa. Poder-se-á dizer que só quem pode deslocar o poste é a EDP. Pois muito bem, tiveram tempo para o fazer enquanto as obras decorriam. O que se constata é que ali as obras terminaram mas o «enxerto» ficou. Um perigo!

Foto: Mafalda Fernandes


Depois temos ainda a teimosia das chamadas «patas de cavalo» ou como preferimos dizer, «patas de besta» ou «patas de mula» pois Alcácer do Sal foi semeada de «patas de besta» por pura teimosia e gozo. Aliás, esta gente que está de saída gozou literalmente com uma população inteira - incluindo os seus apoiantes. Até nisso tiveram sorte de nunca, e no limite, lhes terem chegado a roupa ao pêlo. Infelizmente somos uma comunidade pejada de cobardolas. Não admira que achem depois o vosso escriba um tipo estranho. Pudera! Mas guardado está o bocado para quem o há-de comer e dia 29 de Setembro toda uma população (e a maioria dos apoiantes de outrora) mostrou um enorme «cartão vermelho» - vermelho mesmo - àqueles que a desconsideraram e com ela gozaram os sete gozados. Muita gente inclusive que não sendo «vermelha» mas que votou no mal menor tal não foi a dimensão do desastre, do regabofe, da cegueira, do amadorismo, da prepotência, da incompetência, da impreparação, do desconhecimento do que é isso de liderar e que por isso mesmo o novo poder não pode sequer pensar que está consolidado e pode descansar à sombra da bananeira. Aliás o case study do Torrão demonstrou precisamente o contrário.
Nem em frente a passadeiras, como as imagens documentam, o espaço foi poupado às «patas das mulas». Como é possível alguém pôr obstáculos em frente a uma passadeira, um espaço destinado ao trânsito de peões?! Mas isto vê-se em mais algum lado?! E se uma multidão passar ali, certamente que muitos tropeçarão e cairão. Não é por passar pouca gente que se deve minar o espaço. E pessoas invisuais ou com grande falta de visão? Ou alguém que vá distraido? E idosos? E...?
Mas será que esta gente, os que ordenam e os que projectam, estas coisinhas e ganham balúrdios não têm dois palmos de testa para pensar?
Aliás segundo um testemunho recolhido no Facebook, um idoso com 94 anos de idade e com mobilidade e visão reduzida, próprias da idade avançada, tropeçou nas ditas «patas de besta», sofreu uma queda e ficou mal tendo que ser socorrido pelo INEM que o encaminhou para o Hospital do Litoral Alentejano. E agora quem assume a responsabilidade? Quem for vítima do enorme perigo que representam estas divisórias, estes obstáculos só tem uma coisa a fazer: PROCESSAR A CÂMARA MUNICIPAL. E como vemos em países como deve ser, as indemnizações pelos danos causados são da ordem dos milhares ou milhões. Por cá...
Se nos permitem o conselho, revejam rápidamente este dossier e procedam em conformidade, reduzindo ao mínimo este obstáculo.



Portanto e para terminar, ou este país, este concelho e esta freguesia arrepiam caminho ou estamos mal. Ai estamos, estamos. E não será por falta de aviso. Quem avisa amigo é e o vosso escriba bem que avisa. Não lhe dão ouvidos e depois...

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