segunda-feira, outubro 29, 2012

Falta o resto

Depois da recente intervenção na Rua General Humberto Delgado, e antes que o local seja prematuramente abandonado, alerta-se para outras situações que exigem também uma intervenção célere que demonstre inequivocamente que se trabalha de boa fé e que, pelo contrário, não se tenta jogar areia para os olhos dos torranenses.

A primeira situação prende-se com uma ruela prependicular à referida rua. É uma rua sem qualquer tipo de pavimentação e constituida por terra e pedras soltas. É claro, quando chove, todos esses detritos são projectados para a Humberto Delgado. Mas há ainda outra situação. Segundo os moradores, o camião camarário de recolha de lixo também é responsável por essa projecção pois por aquele ser um ponto em que é mais fácil de manobrar, a tripulação opta por cortar caminho por aquela rua e, está-se mesmo a ver...
A situação já tinha sido abordada por um morador da zona, há precisamente um ano, na Assembleia de Freguesia. O Sr. Presidente da Junta comprometeu-se então que «depois das primeiras águas» seria feita qualquer coisa. Bem, afortunada ou desafortunadamente, consoante o ponto de vista, o ano passado não foi de chuva abundante mas este ano as primeiras águas já aí estão e já que se esteve a operar na zona... agora não há desculpas.






Outra situação - esta mais fácil de resolver - prende-se com a iluminação em uma das transversais à Rua General Humberto Delgado. Temos uma rua que tem moradores ao fundo, nos arrabaldes do Torrão, já quase ao pé da abandonada Fonte da Partina, e que permanece às escuras pois apesar de ter postes colocados, estes não têm nenhuma luminária - é assim que se designam os candeeiros eléctricos de rua - como se pode ver nas imagens abaixo. Será que por ser perto da Partina não há luz pra ninguém?



 Esta transversal, como se pode ver, dispõe de luminária





Já a transversal imediatamente ao lado, e apesar de já lá ter as estruturas que assegurariam a colocação de uma luminária, continua escura como bréu.

domingo, outubro 28, 2012

Em defesa dos povos indígenas

"Os guarani-kaiowás não se querem suicidar, querem resistir até à morte"                           

O Pedra no Chinelo, porque está sempre do lado dos mais fracos e oprimidos, naturalmente que apoia os indíos brasileiros aqui em causa e todos os povos indígenas, que se encontram em risco. Estes povos são um tesouro pois ainda vivem tal como sempre viveram desde tempos ancestrais em equilibrio com a Natureza e querem - e têm o direito -  de viver de acordo com as suas tradições imemoriais. O que está a ser levado a cabo naquela zona do Brasil é um caso típico genocídio.

No limite, isto é um caso para o Tribunal Penal Internacional, pois o que ali está a acontecer pode-se configurar como um crime contra a Humanidade.

sábado, outubro 27, 2012

Tomara muito homens...

 
A menina, símbolo da resistência contra os taliban do Paquistão por defender o acesso das mulheres à educação e a outros direitos e distinguida por prémios nacionais e internacionais pelo seu activismo, está a recuperar dos ferimentos com “uma rapidez encorajadora”, disse o pai de Malala, Ziauddin Yousufzai, após ver a filha na companhia da mulher e dos seus outros filhos.
 
Recorde-se que os talibã atacaram a menina no passado dia 9 de Outubro quando esta regressava a casa vinda da escola. Desde os 11 anos que Malala mantinha um blog no Twitter para a BBC em que descrevia a vida no seu vale natal de Swat, sob o poder dos talibãs.
 

sexta-feira, outubro 26, 2012

Pedra no Chinelo decisivo na resolução de mais um caso

Nos fins de Setembro, colocaram-se algumas questões pertinentes sobre uma situação bizarra que se arrastava, na Rua General Humberto Delgado, retratada aqui. E como perguntar não ofende - e pelos vistos não ofendeu, e bem - bastou menos de um mês para a resposta começar a ser dada.






Mais uma vez, eis o contributo decisivo do Pedra no Chinelo com este a assumir inequivocamente um papel de destaque e influência na resolução de casos que de outra forma demorariam (muito) mais tempo a serem resolvidos, o que demonstra a utilidade deste humilde espaço.
Ao papel decisivo do Pedra no Chinelo juntou-se a celeridade dos serviços municipais. Graças a estas parcerias - forçadas, é certo - ganha o Torrão e ganham os munícipes.











Torrão, Rua General Humberto Delgado, 24 de Setembro de 2012
 
 
 
 
Torrão, Rua General Humberto Delgado, 25 de Outubro de 2012
 
 

Movimento do Balde à Trincha pela Ermida



Rosária Lança e Helena Cardim, duas torranenses atentas e preocupadas com o estado de degradação do nosso património, lançam o desafio à população, sob a forma de poesia, no sentido não só de a sensibilizar para zelar pelo património do Torrão, como de pôr mãos à obra para inverter o estado de degradação a que este chegou e que já aludimos em anteriores artigos. O monumento aqui em causa e para o qual se faz o apelo é a Ermida de Nossa Senhora do Bom Sucesso.
O seu estado de degradação, já tinha sido aqui referido em anteriores artigos com destaque para este mais recente.

Em ano que se comemoram os 500 anos da outorga de Foral ao Torrão por El-Rei D. Manuel I, esta seria mais uma forma de homenagear os nossos antepassados.

Faríamos apenas um pequeno reparo: para além da Ermida, deveríamos também olhar para a Igreja Matriz. É claro que esta é muito maior e não é qualquer pessoa e de qualquer maneira que se vai levar a cabo um restauro num edifício com aquelas dimensões mas é importante também salientar esse facto e se realmente todos estiverem interessados...
Recorde-se que os nossos vizinhos estimam o seu património, tal como demos conta aqui e, mais recentemente, aqui. O desleixo que se verifica cá deveria deixar todos corados de vergonha e com vontade de fazer algo. Se outros o fazem porque não o fazemos nós também? Seremos menos que os outros?


Seja como for, isto é um começo e estamos em crer que não cairá em saco roto. Não deve cair em saco roto. Uma iniciativa que é de louvar e que naturalmente não poderíamos deixar de nos associar não só porque esta é uma causa nobre como pela simplicidade e clareza da mensagem e originalidade da forma de divulgação e sensibilização, com quadras bem feitas, simples e de bom gosto.
No que pudermos ajudar, seja na divulgação seja no que for, cá estaremos para o que estiver ao nosso alcance.

VAMOS A ISSO! MÃOS À OBRA!

Movimento do Balde à trincha
Pela Ermida


Pela primeira vez na vida
Eu apelo sem excepção
Vamos pintar a nossa Ermida
Ó meu povo do Torrão!

É triste vê-la assim
um bocado abandonada,
Limpá-la, pintá-la, enfim...
unidos não custa nada.

Vamos todos reflectir
E partir para a acção,
Pôr a Ermida a sorrir
Com a força da união!

É um acto de coragem
Tirar o projecto do papel
E dedicar esta homenagem
Ao Rei D.Manuel.

Para que a possamos contemplar
Ao luar ou ao escuro
Quando a vamos visitar
E nos sentamos no muro.

Ela limpa, brilhará
Como uma estrela no Céu
E Nossa Senhora onde está
Levantará o seu véu.

Para os que queiram aderir
Aqui deixo o meu recado
Felizes nos iremos sentir
Depois do trabalho acabado.


Rosária Candeias da Lança
Helena Cardim
 Quem quiser pôr mãos á obra, é favor contactar 265 669 653 ou 265 669 664 

quarta-feira, outubro 24, 2012

Condenar a ciência

A Itália condenou em 1633 Galileu Galilei por "defender como verdadeira a teoria falsa ensinada por alguns de que o Sol é o centro imóvel do Mundo e que a Terra se move".
O tempo daria razão ao cientista e inscreveria nos anais da História o seu julgamento e condenação como mais um erro da Igreja católica e do seu sinistro tribunal da Santa Inquisição.
Como os maus hábitos são perenes, quase quatro séculos volvidos, esse episódio é trazido à memória pela condenação, também em Itália, de sete cientistas que em 2009 minimizaram o risco de um sismo de grandes dimensões atingir a zona de l'Aquila.
A par da condenação, choca a pena de seis anos de cadeia para os supostos responsáveis pela morte de 309 pessoas.
O absurdo de punir judicialmente um erro científico deveria ser óbvio, pela razão simples de que a opinião de um perito não substitui a decisão de um político; serve-lhe de guia, e deve ser um parecer entre muitos a ter em conta pelos decisores finais.
Mas há um lado positivo na sentença italiana. É que, se fizer escola, talvez um dia vejamos na prisão os economistas de Bruxelas e do FMI que têm receitado a austeridade aos países mais endividados da Europa.
 
Francisco Gonçalves in Correio da Manhã

«Fizeram-lhe a cama»


Para mim continua a ser o maior ciclista de todos os tempos. Não acredito em nada do que surge agora quase dez anos depois. O homem foi submetido a todo o tipo de exames de despistagem de substâncias dopantes e todas deram negativo. Por qualquer motivo (inveja, mesquinhez, vingança???) foi, a meu ver, vítima de uma conspiração.
Só cai em desgraça quem quiser cair cair em desgraça e quem deixar que o façam cair em desgraça.
Deixou de se defender por ver que era perda de tempo e que não valreia a pena. Fizesse o que fizesse...
Podem tirar-lhe os títulos mas jamais lhe retirarão as vitórias.

quinta-feira, outubro 11, 2012

Uma singela homenagem à pequena grande Malala Yousufzai



Jovem paquistanesa com 14 anos atingida a tiro por exigir direito de ir à escola

Chama-se Malala Yousufzai, tem 14 anos e desde os 9 tornou-se ativista no Paquistão, exigindo o direito de todas as crianças do sexo feminino frequentarem a escola. A sua luta foi travada, depois de atingida a tiro no pescoço, num ataque perpetrado pelos talibã, que provocou mais um ferido: outra criança paquistanesa.

Já foram feitos muitos tributos a bloggers e outros activistas que lutam, arriscando mesmo a vida, contra o obscurantismo, os tiranos e tiranetes, a opressão, a prepotência, a boçalidade...
O Pedra no Chinelo, é ele próprio um blog que também luta, à sua escala, contra todos esses males e vicios.
Um dos bloggers visado, foi uma menina escocesa, do qual demos aqui notícia. Hoje prestamos tributo a essa pequena grande Malala, uma activista com apenas 14 anos, que arriscando a própria vida, defende o direito, das crianças paquistanesas do sexo feminino, frequentarem a escola. Um exemplo de coragem arrepiante pois é vindo de uma menina de apenas 14 anos. Quem dera a muitos a coragem desta jovem que luta pela vida depois de baleada pelos talibã, cobardemente como só os verdugos sabem ser. Para completar a sua medonha cobardia e desvergonha, prometem ainda que, se a jovem sobreviver ao atentado de que foi vítima, voltarão a tentar matá-la.
A luta pela liberdade, pela justiça, pelos mais básicos direitos tem que ser uma luta diária, aguerrida, sem tréguas e sem vacilar. Os verdugos, os esbirros, tiranos e tiranetes, que atacam cobardemente e pela calada, pela sombra, e que estão presentes até mais perto do que se julga, usando todas as armas no sentido de silenciar, de eliminar aqueles que lutam contra a sua perfídia têm que ser combatidos onde quer que estejam usando como armas, não as deles, mas as armas da justiça, da liberdade, da democracia, da ética, da verdade.
Malala é uma inspiração e uma grandiosa e eloquente lição de coragem e tenacidade. Como podemos amedrontar-nos, temer e recuar, quando ameaçados por represálias menores, quando jovens como Malala, que estão dipostas a pagar o mais alto dos preços, o não fazem?
Hoje prestamos aqui um honroso e grandioso tributo a Malala desejando que recupere mas sabendo que, ainda que não sobreviva, já venceu e que por cada um que morre mil se levantarão.
Apelemos ainda para que o Comité Nobel olhe com olhos de ver para este extraordinário exemplo e que proponha a jovem Malala Yousufzai, viva ou morta, como Prémio Nobel da Paz 2013; a mais jovem galardoada com este prémio, de sempre. Que a vejamos receber o Prémio em Oslo na presença da Familia Real da Noruega. Se infelizmente tiver que ser a título póstumo, pois que o seja mas que tal seja um facto que simboliza a vitória da ética, da justiça e da verdade contra a barbárie, a tirania, a opressão, o obscurantismo e a ignorância.

sábado, outubro 06, 2012

Comunicação ao povo português de S.A.R, D. Duarte de Bragança

Foto: Causa Real
 
 
Portugueses,

Nesta hora difícil que Portugal atravessa, talvez uma das mais difíceis da nossa já longa história, afectando a vida das famílias portuguesas e dos mais desfavorecidos de entre nós, Eu, enquanto descendente e representante dos Reis de Portugal, sinto ser meu dever moral e obrigação política dirigir-vos uma mensagem profunda e sentida, como se a todos conseguisse falar pessoalmente.
Estamos a viver uma terrível crise económica, o nosso país vê-se esmagado pelo endividamento externo, pelo défice das contas públicas e pela decorrente e necessária austeridade.
O actual regime vigora há pouco mais de 100 anos, e muitos dos seus governantes, por acção ou omissão, não quiseram ou não foram capazes de evitar o estado de deterioração a que chegaram as finanças públicas. Tais governantes, é preciso dizê-lo de forma clara, foram responsáveis directos pela perda da soberania portuguesa e pelo descrédito internacional em que caiu Portugal, uma das mais antigas e prestigiadas nações da Europa. Sem uma estratégia de longo ou sequer de médio prazo, sem sentirem a necessidade de obedecerem a um plano estratégico nacional, não conseguiram construir as bases necessárias para um modelo de desenvolvimento politicamente são e economicamente sustentável, optando, antes, pelo facilitismo e pelo encosto ao Estado.
Infelizmente, o Estado, vítima também ele da visão curta com que tem sido administrado, tem permitido que se agravem as assimetrias regionais, que se assista à desertificação humana do nosso território e que fique cada vez mais fundo o fosso que separa os mais ricos dos mais pobres.
Infelizmente, Portugal continua a ser dos países europeus com índices de desigualdade mais altos. Todos têm o direito de ver bem remunerado o esforço do seu trabalho, da sua criatividade, da sua ousadia e do seu risco, mas a ninguém pode ser cortada a igualdade de oportunidades.
Agora, neste momento de particular gravidade, em que nos é pedido um esforço ainda maior, recordo que o Estado é sobretudo suportado pelo fruto do esforço, do trabalho dos portugueses e de muitas das empresas a quem os portugueses dão o melhor das suas capacidades. Todos eles são merecedores do respeito por parte de quem gere os nossos impostos, e é esse respeito, esse exemplo que se exige ao Estado. Não posso deixar de aplaudir a dedicação, a entrega e sobretudo a enorme boa vontade com que inúmeros funcionários públicos se dedicam a servir com dignidade o nosso país.
Mas este diagnóstico e estas constatações valem pouco, valem muito pouco, quando confrontados com as dificuldades com que muitos portugueses hoje se debatem. Um facto é incontornável: a crise está aí e toca-nos a todos, e com ela se vão destruindo postos de trabalho, se vai degradando o nível de vida das nossas famílias e se vão desprotegendo os mais frágeis. Não tenhamos ilusões: muitos são os que hoje só sobrevivem graças à imensa solidariedade de que o nosso povo ainda é capaz. Porque somos um povo generoso, gente de bem, somos um povo capaz de tudo quando nos unimos em torno de um objectivo comum.
Torna-se importante, por isso, lembrar que neste dia, há quase 9 séculos, contra todas as adversidades, nascia Portugal, uma nação livre e independente, fruto da vontade e sacrifício dum povo unido à volta do seu Rei.

Então, como agora, foi fundamental a existência de um projecto nacional, uma causa comum e desejada que a todos envolveu: grandes e pequenos, governantes e governados, homens e mulheres. Um projecto que tinha, acima de tudo, o Rei e os portugueses, unidos por um vínculo indestrutível, constantemente renovado e vencedor, um vínculo de compromisso que nos ajudou a ultrapassar crises avassaladoras no passado, e que se prolongou pelos séculos seguintes, sendo interrompida apenas em 1910.
Foi essa mesma comunhão, uma comunhão de homens livres, que permitiu a reconquista e o povoamento do território, bem como, mais tarde, a epopeia dos descobrimentos e a expansão de Portugal pelo mundo. Foi todo um Povo, o nosso Povo, que enfrentou, com coragem e determinação os mares desconhecidos, "dando, assim, novos mundos ao mundo". Foi a gesta de todo um Povo que permitiu criar este grande espaço de língua e afectos da Lusofonia, vivido em pleno pelas nações nossas irmãs, hoje integradas na CPLP. E foi a renovação desse projecto que permitiu a restauração da nossa independência em 1640, neste local, naquela que foi uma verdadeira refundação nacional, só conseguida pelo esforço e sacrifício dos Portugueses de então.
É pois este o desafio que temos hoje pela frente: refundar um projecto nacional capaz de unir todos os Portugueses de boa vontade, com o objectivo de reerguer Portugal, devolvendo a esperança e o orgulho a cada português. Esse projecto mobilizador é imprescindível para que cada um de nós possa ambicionar ter uma vida normal, socialmente útil, para que possa ser promovido pelo mérito e pelo esforço do seu trabalho, criar uma família e contribuir, cada um na sua medida, para o engrandecimento de Portugal.
Para que este projecto nacional seja possível, teremos de repensar o actual sistema político e as nossas instituições, procurando alcançar uma efectiva justiça social e a coesão económica e territorial, aproximando os eleitos dos eleitores.
Devemos também considerar as vantagens da Instituição Real, renovando a chefia do Estado para restaurar o vínculo milenar que sempre uniu os portugueses ao seu Rei.
O Rei interpreta o sentir da Nação, e age apenas pelo superior interesse do país, e nenhum outro interesse deve também mover os actores políticos. Portugal precisa de autoridade moral, de união em torno de um ideal, Portugal precisa de um projecto que seja o cimento em torno da Nação – a política e, acima dela, a Coroa, deve procurar sempre servir esse ideal, e nunca servir-se dele em benefício próprio.
É num sistema político, moderno, democrático, que a Chefia de Estado, isenta como tem de estar de lutas políticas e imbuída de uma autoridade moral que lhe advém do vínculo indestrutível e milenar com os portugueses, pode e deve zelar pelo bom funcionamento das instituições políticas, assegurando aos portugueses a sua eficácia e transparência. É a mesma Chefia de Estado que pode e deve apoiar a acção diplomática do Governo com o elo natural que a liga aos países lusófonos e a muitos dos nossos congéneres europeus. Acredito que só é possível debater a integração europeia, na sua forma e conteúdo, em torno de um elemento agregador: a agenda própria de um país multisecular na Europa, mas também com continuidade linguística, histórica, social, patrimonial e empresarial em geografias distantes. É o Rei que, personificando a riqueza da nossa história e cultura, é o último garante da nossa independência e individualidade enquanto Nação.
Portugal, nação antiga, com um povo generoso e capaz de grandes sacrifícios, sê-lo-á ainda mais se encontrar no Estado e nos seus representantes o exemplo de cumprimento do dever, de assunção dos sacrifícios e de sobriedade que os tempos de hoje e de sempre exigem.
Unidos e solidários num renovado projecto nacional que devolva a esperança aos Portugueses, reencontrados com uma instituição fundacional – a Instituição Real – sempre isenta e centrada no bem comum, então todos nós Portugueses – em Portugal ou espalhados pelo mundo através das vivíssimas comunidades emigrantes – com a grandeza de alma de que sempre fomos capazes nas horas difíceis, estaremos dispostos aos necessários e equitativos sacrifícios que a presente hora impõe. Em nome do futuro de todos os que nos são queridos, filhos e netos. Numa palavra: em nome de Portugal.
Não duvido que, aconteça o que acontecer, os Portugueses, com calma, ponderação e perseverança, saberão lutar para continuar a merecer o seu lugar na história e no concerto das nações. Eu e a minha Família – assim os Portugueses o queiram – saberemos estar à altura do momento e prontos para cumprir, como sempre, o nosso dever, que é só um: servir Portugal.
Existe uma alternativa muito clara à actual situação a que chegou a este regime, alternativa que passa por devolver a Portugal a sua Instituição Real e que, se não resolve por si só todos os nossos problemas actuais, será certamente – como o provam os vários países europeus que a souberam preservar – um grande factor de união popular, de estabilidade política e de esperança coletiva. Numa palavra, de progresso.
Portugal triunfará! Assim saibamos unir esforços, assim saiba cada um de nós, de forma solidária, dar o melhor de si mesmo, não esquecendo nunca os que mais sofrem e os que mais precisam. Que ninguém duvide: somos uma nação extraordinária, e o valor e a coragem do nosso povo serão a chave do nosso sucesso.

Viva Portugal!
 
Lisboa, Palácio da Independência, 5 de Outubro de 2012

Manifesto

 
Monarquia: A unir Portugal desde 1143
 
Neste dia, há precisamente oitocentos e sessenta e nove anos, nascia formalmente o que já se anunciava: uma ideia, um projecto, uma Nação que veio a ser Portugal.
Neste dia, oitocentos e sessenta e nove anos depois, é o País que está em risco. Privado de uma fatia importante da sua soberania, e financeiramente dependente do exterior, Portugal encontra-se, perigosamente, à beira de um abismo.
Os dias estão carregados da indignação de quem sofre sem saber para quê, do desespero de quem não encontra alternativa para os seus problemas. Os tempos que vivemos são marcados pela ausência de esperança de todos os que procuram, mas não encontram, uma saída.
 
Mas ela existe.
 
Procuram-se saídas sem se olhar para o verdadeiro problema, pois a nossa situação requer soluções muito mais profundas.
Estamos aqui para lembrar que Portugal vive. Que é maior do que a crise, as políticas e muito maior do que quaisquer indivíduos que conjunturalmente nos governem.
Estamos aqui para lembrar que não desistimos da ideia de um Portugal soberano e independente. De um Portugal livre. É o mesmo espírito de união, a mesma ideia e o mesmo projecto que nos anima desde 1143. Portugal não é um desafio impossível nem um problema irresolúvel. Acreditamos que existem soluções. Soluções reais, para causas reais.

Ao contemplarmos o futuro, vemos a possibilidade de uma democracia mais representativa, mais eficaz, mais transparente, uma democracia mais plena, assente num sistema político que sobreponha os interesses de Portugal e dos portugueses aos interesses próprios de cada um, de cada partido. Estamos convictos da absoluta e imperiosa necessidade de termos um país onde os cidadãos recuperem o orgulho da sua identidade e a confiança em quem os representa para que possam realmente viver em liberdade e que em momento algum lhes serão pedidos sacrifícios vãos ou injustos.
 
Olhando à nossa volta, para os nossos parceiros europeus, constatamos que a Instituição Real é o elemento que permite devolver o futuro aos Portugueses, recuperar plenamente a ideia de Portugal, protegendo a nossa identidade, a nossa língua, a nossa história, o nosso futuro, a nossa essência. É nossa profunda convicção que só uma alternativa encimada pela Instituição Real nos poderá libertar de um regime obsoleto, gasto e imposto pela força, que após 16 anos de caos e de infâmia, de 40 anos de paternalismo e de 38 de prodigalidade e desgoverno financeiro nos deixou, a todos, falidos e desnorteados.
Só um Chefe de Estado, total e verdadeiramente independente de todos os grupos políticos e económicos, e com uma ligação profunda à essência da Pátria, pode garantir uma Nação verdadeiramente livre.
Só um Chefe de Estado movido por nenhum outro interesse que não seja o do interesse nacional pode ser o efectivo garante do regular funcionamento da democracia, assegurando a separação de poderes de um Estado de Direito, ao mesmo tempo que se submete constantemente ao escrutínio dos Portugueses.
 
A Chefia de Estado que o regime monárquico defende, é a que melhor compreende o presente, oferecendo um olhar renovado para o futuro onde Portugal e os Portugueses estarão, garantidamente e sempre, em primeiro lugar.
 
É hora de pensar com ambição e esperança.
É hora de oferecer a possibilidade de dias mais luminosos.
É hora de sermos audazes e de encontrarmos de novo um sentido para o nosso país que hoje cumpre oitocentos e sessenta e nove anos de vida.
Apelamos ao povo português para que pense, sem preconceitos, sem utopias, sem demagogia, na alternativa que apresentamos. Uma alternativa real.
 
Porque somos consequentes com este manifesto – e porque estamos convictos de que é na Instituição Real que reside o futuro de Portugal – assumimos o firme compromisso de ir ao encontro dos portugueses, em Portugal e no estrangeiro, para esclarecer todos os cidadãos das características e benefícios de uma monarquia moderna para o Portugal que gostaríamos de ter no século XXI.
É nisto que acreditamos, é isto que defendemos. Pela restauração de Portugal, com o mesmo entusiasmo que guiou as vontades de quem viveu este dia, há oitocentos e sessenta e nove anos.
Viva Portugal!

Assim sim! Viva Portugal!



Como é apanágio deste blog, aqui celebra-se o 5 de Outubro mas de 1143, dia do acto fundador da nacionalidade, a assinatura do Tratado de Zamora em que Portugal é reconhecido como um reino independente.
Celebremos pois condignamente.


Um regime de pantanas

"Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-los. Eu que suponho que as instituições monárquicas podem, devem e hão-de ser algum dia garantias de liberdades, estou por esta parte inteiramente descansado"
Alexandre Herculano (1810-1877)
 
"Bandidos da pior espécie (muitas vezes, pessoalmente, bons rapazes e bons amigos – porque estas contradições, que aliás o não são, existem na vida), gatunos com seu quanto de ideal verdadeiro, anarquistas-natos com grandes patriotismos íntimos, de tudo isto vimos na açorda falsa que se seguiu à implantação do regime a que, por contraste com a Monarquia que o precedera, se decidiu chamar República."
Fernando Pessoa (1888-1935)
 
"A Monarquia havia desperdiçado, estúpida e imoralmente, os dinheiros públicos. O país, disse Dias Ferreira, era governado por quadrilhas de ladrões. E a República que veio multiplicou por qualquer coisa - concedamos generosamente que foi só por dois (e basta) - os escândalos financeiros da Monarquia."
Fernando Pessoa (1888-1935)

E o regime está, na verdade, expresso naquele ignóbil trapo que, imposto por uma reduzidíssima minoria de esfarrapados morais, nos serve de bandeira nacional – trapo contrário à heráldica e à estética porque duas cores se justapõem sem intervenção de um metal e porque é a mais feia coisa que se pode inventar em cor. Está ali contudo a alma do republicanismo português – o encarnado do sangue que derramaram e fizeram derramar, o verde da erva de que por direito mental devem alimentar-se.»
Fernadno Pessoa (1888-1935)


 

Alexandre Herculano vaticinou premonitoriamente. Fernando Pessoa dissecou com uma precisão assombrosa e cortante aquilo que já lhe era óbvio. Estivessem cá ambos.
Desengane-se quem pensar que isto é uma montagem. Não é! Aconteceu ontém no reservado espaço (Páteo da Galé), onde os condenados (às galés)... perdão - se bem que a esmagadora maioria o merecia - dignatários da república se refugiaram com medo da... res pública, do povo.
Alguns poderão vir dizer que todos os problemas de Portugal fossem a bandeira hasteada ao contrário. Mas não. Nem a isso se atrevem pois sabem que não há força maior do que a força de um simbolismo. Para a mente humana a força de um simbolo é avassaladora. Nos tempos que atravessamos. esta iamgem é mortal, é simplesmente demolidora, desmoralizante, desanimante, é uma imagem de descrédito, de bandalheira, de desvergonha total. É o fim!

Aquilo que ontém verificamos mais não é do que o expoente máximo daquilo que vem sucedendo. Não é só o povo da bola que volta e meia dá uma cambalhota ao pendão republicano sendo que até em edificios públicos como tribunais, Câmaras, Juntas, etc. tal se verifica. Este, até pela força do simbolismo e por ser em directo, é apenas o mais ridículo, grotesco e caricato de todos os eventos do género.

Os códigos militares são explícitos: uma bandeira hasteada ao contrário significa rendição e que o local está tomado pelo inimigo, cabendo até ao inimigo hastear a bandeira do derrotado ao contrário como forma suprema de humilhação e com o objectivo da desmoralização total retirando ânimo, vontade e motivação a quem ainda queira lutar e procure inverter o rumo dos acontecimentos - é essa funesta carga simbólica que uma bandeira invertida carrega.


Mas quem pensa que só em Lisboa é que há bandeiras de pantanas desengane-se. No mais recôndito local o mesmo se verifica. Naturalmente que o nosso Torrão não ficou atrás e já havia cometido a proeza. Aqui está retratada a bandeira hasteada no edifício da Junta de Freguesia mas em outras instituições cá do burgo já se cometeu a mesma façanha.
Mais triste ainda foi ouvir de viva voz o nosso gracioso edil, ex-militar de carreira, de classe intermédia, ver aqui uma coisa perfeitamente normal e banal referindo à boca cheia que na tropa era a coisa mais normal e natural do mundo: a bandeira ser hasteada ao contrário, calcule-se. Só se for uma tropa fandanga, patamar ao qual eu não acredito que as nossas Forças Armadas tenham chegado ainda, muito graças ao alto gabarito dos homens e mulheres, nomeadamente Oficiais, que as compõem, embora infelizmente, na minha modesta opinião, estejam no limiar.
Ontém, graças a esta moscambilha, Portugal foi humilhado e motivo de chacota por esse mundo fora. Com o advento das redes sociais e dos blogs estes fenómenos têm uma repilcação viral. Nada que tire o sono a estas nulidades.

Da democrática censura republicana

«Toma lá que é democrático»



(...) Da digníssima sessão patriótica que teve lugar no Palácio da Independência, nada. A Mesa Censória continua como dantes, cortando, silenciando, torcendo, escolhendo aqueles que existem e impedindo de falar aqueles que detêm, talvez, a chave para a salvação da liberdade deste país que se vai despenhando lentamente pelos caminhos do caos e da anarquia. O Senhor Dom Duarte, de mãos limpas - os monárquicos não roubaram, não traíram, não engaram - preferiu uma comunicação que devia ter sido ouvida, lida e reflectida por todos os portugueses. Falou de pátria, de salvação colectiva, de amor e cooperação entre todos os portugueses, lembrou que estamos todos juntos e que a salvação reside na unidade. Para os lápis vermelhos do garrote da censura que não reconhece o nome, a única sessão do dia que convidava à elevação não aconteceu. Este país é, manifestamente, merecedor das maiores reservas. Recusa a mão que lhe estende a paz, a dignidade e a restauração. (...)
 

O brio de uma nação e a vergonha de outra

" Pobres homens, mais dignos de piedade que de rancor os que imaginam que é com um carapuço phrygio, talhado á pressa em panno verde e vermelho, que mais dignamente se póde coroar a veneranda cabeça de uma patria em que se geraram tantos grandes homens, a cuja memoria imperecivel, e não aos nossos mesquinhos feitos de hoje em dia, devemos ainda os ultimos restos de consideração a que podemos aspirar no mundo! Pobre gente! Pobre patria!
Ramalho Ortigão, « Ultimas Farpas »


Orgulho, brio, milhares de pessoas na rua e todo o esplendor do cerimonial protocolar no Reino Unido. Aqui o povo é convidado e celebra a sua res pública. Até arrepia. Será o Reino Unido porventura um país atrasado de vida? E depois temos a bandalheira e a vergonha mas também a coragem e a razão do lado daquelas duas grandes senhoras. Observe-se e compare-se. Só deixo uma questão. Se os portugueses fazem tanta questão de ter uma república em Portugal porque é que depois emigram para o Reino Unido, para o Reino da Austrália, para o Reino do Canadá, para o Reino da Noruega, and so on?

quinta-feira, outubro 04, 2012

Neste puzzle há peças que não encaixam

Na nossa deslocação às Alcáçovas, aproveitamos para ir visitar a sua Igreja Matriz. Perante o que vimos e as informações obtidas, muitas interrogações se nos puseram.
 
Ao aproximar do local verificamos com agrado e perplexão - porque no Torrão não é hábito - que a igreja é alvo de limpeza constante.
À pergunta de se se podia visitar a igreja a resposta foi afirmativa e o cenário com que nos deparamos não podia ser mais diferente daquele com que nos deparamos no Torrão no passado mês de Março e que, convenhamos, está à vista.
A Igreja Matriz ou de S. Salvador está impecávelmente limpa e imaculadamente asseada e arranjada. As suas paredes são de uma alvura assombrosa o que revela que serão caiadas com relativa frequência. Ali não há fissuras nem nas paredes, nem nos altares, nem os frescos estão degradados ou remendados. Ali não há infiltrações de água pois não há qualquer mancha amarela ou de bolor em qualquer parede. Basta entrar e na primeira inspiração nos apercebemos do asseio. Cheira a limpo, cheira agradávelmente a limpo em contraste com o Igreja do Torrão, bafienta, com cheiro a mofo e a bolor. Os estrados onde assentam os bancos - que também eles se encontram bem preservados - são novos.
À saida elogiamos com sinceridade, e sabendo de antemão do estado de outros locais similares, a dedicação, a preservação deste património, a beleza arquitectónica da igreja, em suma, tudo o que merece ser digno de elogio e é-o com toda a certeza merecedor de tal.
Perguntamos se a igreja era limpa com regularidade. Foi-nos respondido que sim. Todas as Terças-feiras são dias de limpeza. Excepcionalmente, no passado Domingo, dia 30 de Setembro, que o foi devido ao facto desse ser o dia da cerimónia de tomada de posse do Padre Abraão, o novo pároco de Alcáçovas. A limpeza é feita não por pessoas ligadas à paróquia nem por funcionários camarários mas sim por uma pequena empresa particular de limpezas. Perante tal, impunha-se a pergunta óbvia de quem é que pagava às senhoras da limpeza. Comissão Paroquial? Câmara Municipal de Viana do Alentejo? Junta de Freguesia das Alcáçovas? Comissão Paroquial?
Ninguém nos soube (ou não quis) responder. Apenas nos foi dito que recebiam devidamente pelo serviço efectuado.
 
As óbivas, incómodas e necessárias questões surgem então:
 
Como pode ser tão grande a diferença entre ambos os monumentos? Como é que se justifica tão abissais diferenças? Como pode uma igreja, ambas matrizes, estar tão acarinhada, preservada, limpa e outra, qual parente pobre, qual patinho feio, suja, altamente degradada, bafienta, notoriamente abandonada, notoriamente desprezada e tudo o mais que as imagens mostram? Estamos a falar de duas localidades que distam entre si apenas 14Km e que são ambas povoações muito similares e com caracterísitcas idênticas?
 
Quem são os responsáveis em ambos os casos pela imponência de uma e pelo ocaso de outra?
 
Paróquia? Autarquias? Populações? Estados de alma? Quem ou o quê?
 
O assunto do estado das igrejas do Torrão, nomeadamente da Matriz já foi discutido algumas vezes em Assembleia de Freguesia. O Executivo, e em particular, o Sr. Presidente da Junta afirma insistentemente que tanto a Câmara de Alcácer como a Junta do Torrão reuniram com o Sr. Padre e que inclusive havia disponível uma verba de dez mil euros mas que os responsáveis da igreja não mostraram grande interesse e como tal nada mais pode ser feito. Não pomos em causa. Não conhecemos os factos e nas assembleias infelizmente nunca há contraditório...
É crucial e por estes dias é cada vez mais importante a inevitável declaração de interesse, ou seja, referir apenas isto: Foi dito e reafirmado em sessões públicas da Assembleia de Freguesia, note-se, para que posteriormente não venhamos a ser acusados, de forma pouco séria e falaciosa, de ter acesso a informação privilegiada e nos aproveitarmos de forma abusiva de tal facto. Foi, sublinhamos mais uma vez, dito em sessão pública da Assembleia de Freguesia. 
 
Perante tudo isto, e sabendo que ambas as paróquias pertencem à Província Eclesiástica de Évora, e que, mais do que isso, até à semana passada, ambas as paróquias tinham o mesmo pároco, há factos que parecem contraditórios, que são contraditórios, que não encaixam, que alguém nesta história estará a faltar à verdade e portanto pergunta-se:
 
Se tanto a Paróquia do Torrão como a Paróquia das Alcáçovas pertencem à mesmo província eclesiástica (Diocese de Évora) e se ambas as paróquias foram até há bem pouco tempo regidas exactamente pelo mesmo pároco, o Sr. Padre Jerónimo Fernandes, como é que se explica a diferença? Como é que uma igreja é filha e outra enteada? Como e porque é que a igreja do Torrão está num estado lastimoso e a de Alcáçovas está imaculada, está num brinco?
 
E, relativamente a verbas, qual a disponibilidade de cada uma das comissões paroquiais? E qual a fonte dessas mesmas verbas? Se há diferenças substanciais a que se deve tal desigualdade? Apoios autárquicos? Mecenato? Desigualdade na atribuição de verbas por parte da diocese?
 
Perguntas pertinentes que nunca ninguém faz, e pior, ninguém responde. A política do encobrimento, do fazer as coisas à sucapa, às escondidas, a política do esconde-esconde ainda são um facto mas felizmente em vias de extinção. Por isso nós estamos cá também, para ajudar a enviar essa política e esse modus operandi para o caixote do lixo. Estamos na era da informação e não na era do obsurantismo, não na era do fazer às escondidas, não na era do jogo de sombras. É preciso pôr uma pedra tumular em cima da política da meia-verdade, da mentira, do logro, da trapaça, do ronceirismo. Os torraneses têm que de uma vez por todas de estarem informados e saberem dos assuntos que dizem respeito a todos mas também têm que deixar de ser passivos, serem exigentes e participarem, aparecerem, darem a cara no momento da verdade. Tenhamos sempre em conta que haverá a minoria -  os mesmos de sempre, a meia dúzia de almárias que se arrasta há anos, há décadas por aí com os excelentes resultados que têm para mostrar e de que pelos vistos se orgulham, os elementos das duas ou três famílias que formam a «elite» local e que vão regendo isto a seu bel-prazer - que não o fará por razões óbvias. Seremos um povo de cobardolas? Depois admiram-se!
 
De ora em diante, as duas paróquias irão ser regidas por dois párocos distintos: a Paróquia do Torrão, pelo Sr. Padre Ivan e a Paróquia das Alcáçovas pelo Sr. Padre Abraão.
Implicitamente, foi dado a entender que a resposabilidade cabia exclusivamente aos responsáveis da paróquia e ao pároco em particular. Agora há um novo pároco, agora há factores novos mas também há factores velhos e que ainda se mantém. Veremos se haverão alguns progressos. Este artigo é também uma chamada de atenção e mais uma tentativa de puxar pelo brio e pelo orgulho dos torranenses. Seremos piores do que os nossos vizinhos? Seremos mais incompetentes, mais desleixados e menos do que eles de tal forma que nem do nosso património e da nossa memória colectivos somos capazes de cuidar? Será este apenas um problema de lideranças e de uma elite caduca e incapaz? Perante as evidências e a força das circustâncias somos obrigados a afirmar que sim.
Mais uma vez se reafirma que não se trata aqui de uma questão religiosa, não se trata de favorecer uma religião. Trata-se tão só de zelar pelo património histórico-arqutectónico da freguesia até para que, quando alguém nos visita, nomeadamente as televisões não falemos envergonhadamente do patromónio e para que quando alguém quiser ver «in loco» vir dizer-se, à laia de pretexto, que as portas estão fechadas e outras desculpas do género. E, pior ainda, se nada for feito, o colapso ainda que parcial será inevitável. No estado em que as coisas estão, a ruína é uma ameaça real e avizinha-se mais que certa. Resta saber depois é - e já que Alcáçovas é aqui uma constante, é inevitável fazer referência à sua arte maior - quem irá pôr o chocalho ao gato.
 
Igreja Matriz das Alcáçovas









 Fotos: Paulo Selão
 
 
Ceromónia de tomada de posse do novo pároco de Alcáçovas
Foto: Padre Jerónimo Fernandes in Facebook



Igreja Matriz do Torrão







Fotos: Paulo Selão in Pedra no Chinelo

segunda-feira, outubro 01, 2012

100.000

O Pedra no Chinelo ultrapassou hoje a bonita fasquia das 100.000 (cem mil) visitas e assume-se assim como uma referência na blogsfera do concelho e da região.
Em três anos, o contador de visitas registou cem mil visitas o que dá uma média de trinta e três mil e trezentas visitas por ano, duas mil setencentas e setenta e cinco visitas por mês.
Podemos extrapolar que, face a estes valores e tendo em atenção que o Pedra no Chinelo já tem sete anos de existência, se o número de visitas tivesse sido contabilizado desde então, este já seria de quase um quarto de milhão de visitantes.
É obra! E tudo graças a vós caros leitores. Obrigado pela vossa preferência e pela vossa visita. Sois sempre bem-vindos. Mi casa es su casa.