domingo, setembro 04, 2011

Para que depois não digam que é mentira!

Foi referido aqui como «uma obra da engenharia alentejana» a «solução» apresentada para impedir que águas e detritos provenientes de enxurradas provocadas por temporais atingissem a estrada nacional. Na altura, referiu-se que o escoadouro se encontrava algures aqui e qual a sua natureza mas como o caso relatado é tão surreal que voltámos e fomos lá confirmar o que aqui se disse para que posteriormente não se diga que tal não corresponde à verdade.






As fotos tiradas pouco depois do temporal demonstram bem a qualidade e eficiência da «obra». Logo aqui se afirmou que ali de baixo haveria algo que era suposto ter funcionado às mil-maravilhas. Este foi o estado em que ficou. Parece que funcionou não às mil-maravilhas mas às zero-maravilhas.















Escavando com paciência e sem o auxilio de qualquer ferramenta e sem qualquer referência sobre a sua localização (seria algures ali), custou, mas lá se conseguiu encontrar a «obra-prima». É ou não é como aqui foi relatado?





Repare-se só que anjinhos! Foi feita uma caldeira, uma côncavidade com o escoadouro no centro e tudo e até se puseram umas pedrinhas à volta para fazer presa. O objectivo desta engenharia era: as pedrinhas retinham tudo quanto seria sedimentos, terras, areias, pedras, materiais orgânicos, plásticos, etc. e depois a água seria escoada sem problemas pela grelha

Desculpem-me lá mas isto não é inteligência! Isto é esperteza, esperteza-saloia!
O resultado, esse é preciso dizer qual foi?
A culpa e responsabilidade não é dos trabalhadores que fizeram isto mas de quem mandou fazer, de que deu as directrizes e instruções. Como se costuma dizer, não sei se hei-de rir se hei-de chorar!












Tinha-se dito também que o tipo de escoadouro feito é do género daqueles que se põem em ruas e estradas devidamente calcetadas ou asfaltadas; e se mesmo aí por vezes ocorrem entupimentos, o que dizer daqui? Estas fotos tiradas a montante mostram que tal só podia falhar. Ainda por cima essas terras foram revolvidas durante as obras de requalificação do espaço ficando a sedimentação solta e à mercê de enxurradas.

A solução, como disse, seria (será, repito, será) fazer um canal de escoamento, por baixo da estrada nacional, com as dimensões ideais. Enquanto tal não se fizer sempre que chover lá ficará a estrada naquele estado e ainda por cima o piso fica escorregadio da lama tipo nata tornando a circulação automóvel um perigo.



Mas como o Pedra no Chinelo e o seu autor não fazem aquilo que não lhes compete e, mais importante, gostam de deixar tudo tal e qual como encontraram, voltou-se a deixar tudo como antes, cobrindo-se o local com os sedimentos que a chuvada se encarregou de depositar ali.




Depois de coberto, o local foi devidamente compactado e calcado ficando tudo como estava.

O trabalho estava por fim concluido.

Ó meus caríssimos, queridíssimos e ilustríssimos leitores, o que eu não faço por vós para que o nosso Pedra no Chinelo se mantenha sempre actualizado e vós ficais a saber e a ter consciência do que por cá se faz! Como estas há muitas!

Há razões mais que suficientes ou ainda não?!

Aqui também se justifica e é legítima a já célebre pergunta: Fica assim? E agora fica assim?

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