sábado, julho 30, 2011

A Feira do Torrão vs Festa do Camarão





É todos os anos o mesmo.

Embora eu considere, e é a minha opinião pessoal, que a feira do Torrão não seja grande espingarda; não seja - não tenhamos medo das palavras - grande merda, não deixa de ser intrigante e de mau gosto - aliás se não é de propósito, não parece - que tenha que haver sempre um evento qualquer sobreposto, em Alcácer. Se fosse uma festa fixa e tradicional...

Acontece que não é assim e todos os anos desde a esta parte que tem que se fazer algo exactamente no mesmo fim-de-semana. Ou há-de ser o fim de semana da juventude, a feira do turismo, etc e tal; qualquer coisa. Esta ano à falta de melhor (de verbas?) não vai haver fim de semana da juventude com muitas bandas de música, compondo-se o ramalhete com um pretexto chamado camarão em honra do qual se irá fazer uma festa ao qual se acrescenta a corrida das carretas.

Há lá um lobby qualquer que nutre uma certa animosidade por esta vila. É muito pláusivel que em 2013 esta já não seja decisiva. Há segundas oportunidades mas terceiras nunca ouvi falar. Eu da minha parte...

Hoje como ontém

Não surpreende que todos os movimentos de extrema direita se demarquem publicamente de Anders Breivik e do seu acto tresloucado mas não deixo de pensar quantos em surdina não aplaudirão o seu acto.
Basta por exemplo vir aqui e ver alguns comentários. Retenho este: «Anders is our leader! The commander of the Knight Templars! I salute you Anders Behring Breivik!»
Há 103 anos atrás também algo semelhante se passou em Portugal. Um grupo terrorista de cariz republicano logrou assassinar (PELAS COSTAS) em pleno Terreiro do Paço o legítimo Chefe de Estado português, El-Rei D. Carlos I e o seu filho, D. Luís Filipe, sendo ainda responsáveis por múltiplos atentados à bomba. É claro que os dirigentes do partido republicano se demarcaram do atentado e até o condenaram publicamente mas quantos não se teriam então congratulado na sombra. Aliás, de que forma e até onde estiveram envolvidos? Não é por acaso que o processo judicial que estava em curso desapareceu, com a imposição da república, mantendo-se desaparecido até hoje, como se pode constatar entre outras coisas, nomeadamente quais os apoios que os assassinos tiveram e quem estaria de facto por detrás deles, no livro «Dossier Regicídio», da autoria do prof. Mendo Castro Henriques.
É curioso como a comunicação social portuguesa agora quer «virar o bico ao prego» e colar os monárquicos ao acto, por alguns deles supostamente terem recebido o e-mail de Breivik. Provávelmente alguns monárquicos o terão recebido. E republicanos, não receberam? Se calhar foram mais os republicaos que receberam o manifesto do que os monárquicos. Não esqueçamos que a maioria, senão a totalidade, dos movimentos de extrema direita são, por natureza, republicanos.

sexta-feira, julho 22, 2011

Clandestini - O drama de Lampedusa

Na porta de entrada mais meridional da Europa assiste-se a um drama humanitário em larga escala. Milhares de imigrantes oriundos de África e Médio Oriente chegam à ilha italiana de Lampedusa em busca de melhores condições. Fogem da guerra, da miséria, de uma vida sem esperança e sem futuro.
Não perca aqui.

Contra factos não há argumentos



quinta-feira, julho 21, 2011

País - D.Januário Torgal Ferreira condena corte no subsídio de Natal - RTP Noticias, Vídeo

País - D.Januário Torgal Ferreira condena corte no subsídio de Natal - RTP Noticias, Vídeo

«Há medo e há fome em Portugal. Sinto um fevilhar da situação», afirma D. Januário.

Assim é dificil



"O estudo reconhece entre 11 a 40 hectares de montado, mas há muitos povoamentos de sobreiros e azinheiras no terreno que não estão identificados, sobretudo nas melhores áreas, entre o Torrão e Santa Margarida do Sado", denunciou.

Deixa lá ver se eu percebo: Em Sines temos o maior porto de águas profundas da Europa e um dos portos com maior tráfego marítimo. Em Évora temos um tecido industrial em franca expansão como é exemplo o mega projecto da Embraer que arranca já para o ano. Pretende-se construir uma via estratégica que possa ligar o Porto de Sines a Évora. E depois existe um instituto qualquer que se preocupa com sobreiros e que quer estrangular ainda mais a economia nacional em geral e de uma região em particular. Ó meus senhores e porque é que se hão-de abater os sobreiros?! Eu também sou frontalmente contra que se abatam centenas de árvores que são de uma riqueza única para o ecossistema e para a economia alentejana! Então mas estes não podem ser pura e simplesmente transladaos para outro local???

quarta-feira, julho 20, 2011

Governo toma medidas para facilitar emigração

Passaportes passam a ser concedidos pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras - Sociedade - Sol

Quem, aqui no Torrão, até agora, quiser tirar o passaporte no local mais perto possivel, pode faze-lo em Évora, no Governo Civil. Com a nova medida do Governo, tal poderá vir a ser feito em Alcácer do Sal, na Conservatória do Registo Civil, o mesmo local onde se tira o Cartão de Cidadão.
Na verdade, segundo o Governo, o número de locais onde se pode emitir o passaporte vai passar de 27 para 319 (dez vezes mais).
O Governo toma assim medidas eficazes no sentido de facilitar a vida aos portugueses pois agora já não há muitas desculpas para não emigrar.
Esta é sem duvida a solução para quem quiser resolver a sua vida e o Governo de Passos apresenta assim, ainda que implicitamente, a solução. Vamos lá; do que é que estamos à espera para saltar do «caixote do lixo»? Pergunto eu que sou um provocador por natureza.

domingo, julho 17, 2011

Bebedouro do jardim fora de serviço








O bebedouro do jardim público encontra-se no estado que as imagens mostram, estando já há algum tempo fora de serviço. A inoportuna avaria surge numa altura em que o calor convida a beber mais água (principalmente de manhã e à noite visto que de dia a água vem naturalmente quente). Deste modo, a quem tal lhe passar pela cabeça, se informa que é escusado dirigir-se ao ponto de água para aí matar a sede visto que este se encontra desactivado.

O bebedouro ainda deverá ficar temporariamente indisponível por um periodo que pode ser um dia, uma semana, um mês pelo aqui não se irá especular para quando a sua reparação esperando apenas que esta seja breve.

A obra financeira do PSD

A obra financeira do PSD

Isto deve lido para não se ir atrás do conto de certo vigário cá da paróquia que já demonstrou e demonstra ad nauseum e até à exaustão que tem cara para tudo e que não conhece limites.

segunda-feira, julho 11, 2011

A manta tá a ficar curta



Se a Itália se for abaixo, e suspeito que a situação financeira não seja nada famosa, não há resgate possivel. O fundo de resgate financeiro europeu fica sobrecarregado e exaurido. O barco vai apresentando rombos atrás de rombos. Não há bombeiro que consiga acudir a tanto fogo e o bombeiro alemão tem limites. A Alemanha não dá, não pode, dar para tudo. Não conseguirá chegar a todo o lado e sozinha resgatar financeiramente meia duzia de países. O motor da Europa tem limite, está em alta rotação e está quase no red line. Assim não demorará muito a gripar.

O último da fila

Itália: A nossa situação financeira não tem nada a ver com a de outros países.
Irlanda: A Irlanda não tem nada em comum com com outros países em dificuldade.
Espanha: A situação espanhola não tem nada a ver com a situação financeira de Portugal
Portugal: A conjuntura portuguesa não tem rigorosamente nada a ver com a situação grega.
Grécia: -.- ...

Gracinha de ocasião



Nem mesmo com um ministro de peso na pastas das finanças a Grécia consegue dar a volta ao texto.

Preso por um fio

Se há assunto que por estes dias é tema de conversa no Torrão, esse assunto prende-se com a entrada em funcionamento do novo lar de idosos, que se encontra concluido há mais de um mês e que não se sabe ao certo quando estará ao serviço da comunidade.
Ora sendo o Pedra no Chinelo um espaço de informação e opinião vamos lá então tentar descortinar este mistério que, tal como o nome indica, é um mistério que está literalmente preso por um fio.
Na Assembleia de Freguesia, que decorreu na passada quinta-feira, dia 30 de Junho, este assunto foi trazido a debate e, claro, se as sessões da referida Assembleia, que são públicas, fossem alvo de interesse já se poderia saber, ao invés de se especular aí pelos cafés.
O futuro lar de idosos foi dotado de equipamento e maquinaria de elevada potência eléctrica, como é o caso dos elevadores tendo por isso, a sua instalação eléctrica de ser de média potência e não uma similar áquela que nós temos em nossas casas. Ora acontece que para tal terá que ser instalado um chamado PT (posto de transformação).





Exemplo de posto de transformação. Posto de transformação no Largo de S. Francisco






Posto de transformação na Zona H1










Para isso, terá que ser construida uma casa ou cabine com as dimensões de 2mx3m sendo que esta tem que ter obrigatóriamente acesso pela via pública.
Ora esta estrutura não foi construida em paralelo à requalificação do edificio tendo por isso que ser agora levada a cabo.
Ao que parece, por razões subjacentes à própria instituição, entre as quais foram apontadas razões de natureza estética, pondera-se construir a referida estrutura num outro ponto pelo que foi referido que a Santa Casa estará em negociações com o Sr. Manuel Gil no sentido deste vir a ceder um bocado de terreno para construção do referido PT.





Um dos locais possiveis para instalar o PT. Por isso o muro não foi pintado na totalidade





O terreno em questão


Um dos requisitos que a EDP põe, para dar início à instalação da infraestrutura, é que a cedência do terreno seja a título definitivo pois esta não irá montar uma instalação provisória. E daqui se está mesmo a ver que entre negociações com o proprietário do terreno e depois com a EDP e posteriormente a construção do PT e instalação dos equipamentos bem como as ligações ao lar, está aqui trabalho para uns poucos de meses estando a instalação do lar absolutamente paralisada, congelada mesmo. Quando será, não se sabe, mas nunca será num periodo de menos de seis meses ou mais que os utentes irão usufruir das novas instalações. Mas aqui neste espaço também se opina e, se estas servirem de algo, nem que seja de debate, já por aqui se dará o tempo por bem entregue.

Desde há quase dois anos que o centro de dia foi transferido para as instalações do Torino Torranense, clube por enquanto, extinto. É claro que não sendo essas as instalações adequadas, o centro de dia funciona de forma precária. A comida é confecionada na Ermida e esta depois tem que ser transportada nas viaturas para o local onde os utentes e encontram. Mas existem mais problemas como o facto destas instalações estarem deslocadas em relação à vila e se encontrarem por esse facto isoladas e expostas ao clima (calor tórrido de verão e frio e vento rigorosos de inverno) bem como o facto do caminho e zonas contíguas serem um autêntico lamaçal de inverno e serem de um empoeirado de verão. Acontece também que os utentes de um centro de dia são pessoas fragilizadas (idosas e/ou doentes) pelo que o prolongar dessa situação não beneficia ninguém a começar pelos referidos utentes.



Aqui patente o isolamento do edificio





Local, na Ermida onde é confecionada a comida























Ora sendo assim, e como o lar está pronto e ainda tem a electricidade instalada, necessária durante as obras, embora de baixa potência porque não hão-de as instalações virem a ser ocupadas rapidamente?
Bem, um outro problema que se põe, para além da electricidade necessária para alimentar todo o edificio e mecanismos, é o problema dos equipamentos, para os quais, ao que parece serão levadas a cabo candidaturas de foram a se obter apoio para aquisição dos mesmos. Mas uma coisa não invalida a outra pois se o centro de dia funcionou enquanto todo o resto do edificio era uma ruína pegada porque não há-de puder funcionar agora, mesmo que tudo o resto ainda não se encontre em condições de funcionamento?

Porque não se há-de proceder já à inauguração das instalações, não sendo necessáriamente preciso que o lar esteja todo equipado e com a instalação eléctrica ideal, de forma a que o centro de dia comece a funcionar num sitio que oferece muito mais condições o mais rápido possível? Não serão os utentes e o seu bem-estar muito mais importantes que esses detalhes meramente simbólicos? Porque é que o lar tem que entrar em funcionamento em bloco? Então a entrada em funcionamento não pode ser gradual, segmentada em função das condições?

Ora o centro de dia pode perfeitamente ser instalado no novo edificio bem como os serviços administrativos e lavandaria. Esses equipamentos já existem. O resto ficaria em stand by e entraria em funcionamento gradualmente logo que houvesse possibilidades. Assim, o edificio está fechado à espera de tudo. Um edificio fechado degrada-se mais fácilmente, ainda para mais um edificio que assenta sobre uma zona de águas subterrâneas o que potencia casos de infiltração, de humidade e salitre, que já se verifica inclusive.
Não há necessidade rigorosamente nenhuma desta situação de impasse. Os utentes, familiares e população em geral agradecem outro desfecho.



Como se pode ver, a iluminação de presença está acesa durante a noite







A instalação eléctrica provisória

Mais umas sugestões de leitura

E que tal se nos portássemos como adultos? A Moody's não disse mentira nenhuma (e até fomos nós que lhe pagámos para nos dizer a verdade) II - João Pereira Coutinho

O Saco - João Moreira Pinto

E que tal se nos portássemos como adultos? A Moody's não disse mentira nenhuma (e até fomos nós que lhe pagámos para nos dizer a verdade) III - João Pereira Coutinho

Ni conspiración, ni historias: Moody's nos está dando un trato de favor... - Miquel Roig

A solução é cortar o piu!

CE quer impedir agências de "rating" de avaliar países que recebem ajuda

domingo, julho 10, 2011

Obviamente

Quem achar que a Moody’s não tem razão, tem uma boa oportunidade de negócio.

Ler tudo aqui

Parece que não sou o único

E que tal se nos portássemos como adultos? A Moody's não disse mentira nenhuma (e até fomos nós que lhe pagámos para nos dizer a verdade)

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sexta-feira, julho 08, 2011

Não me lixem







Desde que a Moody's decidiu classificar a república portuguesa como lixo financeiro que um coro de carpideiras se lamenta, por um lado, e um coro de indignados de ocasião vociferam em fúria contra as agências de rating, por outro. Um coro de banalidades e generalidades vagas que de pouco adiantarão. Que é injusto, que é uma afronta, que é imoral, que é... Os gregos também devem ter ficado fulos e de pouco lhes adiantou. E para completar o cenário, há ainda para aí uns movimentos nas redes sociais e umas acções apatetadas como aquela de enviar uma encomenda postal contendo lixo para a sede da Moody's, a título de exemplo. Não alinharei nisso e não me venham os idiotas patrioteiros me acusar de ser anti-patriota. Aquilo que eu ainda faço relativamente bem é pensar e mesmo sendo-se leigo numa qualquer matéria, se se tiver «dois palminhos de testa» seja em que área for depressa se conseguirá avaliar a realidade.

Vamos lá então raciocinar a frio:

O rating português tem vindo a ser sucessivamente desclassificado. A particularidade é que a última classificação jogou-o para a «segunda divisão», para o lixo. A explicação que vinha sendo dada por cá em blogs, comunicação social e afins era de natureza política e culpava o anterior governo. Porque o Primeiro Ministro não era credível, porque o governo estava totalmente desacreditado lá fora, porque ninguém acreditaria na sua palavra e na sua determinação, etc, etc. Na verdade, se Sócrates tivesse continuado, o 5 de Julho seria a machadada final, seria o dia em que Portugal veria o seu Primeiro Ministro demitir-se e iria irremediávelmente para eleições antecipadas.

Mas com Governo novinho em folha, malandras das agências de rating e veja-se de quem partem os comentários. Até Cavaco, que com Sócrates dizia que era normal, que eram os mercados a funcionar e que era preciso mudar de vida. Agora com Passos fala em desregulação do mercado e em imoralidade. Mas dali já se sabe o que a casa gasta e compreende-se o porquê da mudança de discurso.

Fala-se em guerras Dólar vs Euro, especulação, bota-abaixismo, etc. Depois, em tom triunfal, diz-se para aí que a Europa está unida e que apoia Portugal. Qual é o espanto?! Era só o que faltava se não apoiasse. Apoia Portugal, como apoia a Grécia e a Irlanda. Apoio moral, que basta para alegrar os pobres de espírito, como se isso adiantasse de muito.

Toda a gente se congratulou com as palavras do Sr. Trichet; que está do lado de Portugal e que a instituição a que ainda preside (BCE) ignorou as agências de rating e que continuou a comprar dívida portuguesa dando confiança aos mercados. E eu pergunto: Mas alguém esperava outra coisa?!
Claro que o BCE só pode fazer isso. Se, depois de conhecer a classificação da Moody's, o banco central europeu se «jogasse para trás» e abandonasse Portugal à sua sorte, seria o mesmo que dizer que os titulos de dívida pública de um seu membro (Portugal é membro do BCE) não passam de lixo financeiro tóxico. Seria o descrédito total. O BCE será a última instituição que deixará de o fazer. Para além disso, o BCE é um dos membros da «troika», juntamente com o FMI e a UE. Logo, o não apoio (político) da UE e/ou o não apoio político e, muito mais importante ainda, financeiro do BCE seria o mesmo que dizer que as medidas contidas no memorando que acordaram com Portugal não passariam elas mesmas de... lixo. É claro que o BCE só tem de continuar a comprar dívida portuguesa, lixo ou não.

Agora vejamos uma outra situação: As três agências de rating com mais quota de mercado são a Moody's, a Standard & Poor's e a Fitch, que, segundo consta, dominam 90% do mercado - quase o monopólio deste segumento. É claro que isto também é um negócio (business as all). Para fazer análises e atribuir clssificações, as agências têm que se basear numa série de critérios e recolher uma série de dados. Ora este serviço é feito por gente altamente qualificada com elevados conhecimentos técnicos e dos mercados globais que se fazem pagar principescamente e os seus clientes são grandes investidores, multinacionais, países, instituições bancárias, etc que em vez de irem ao Oráculo de Delfos (esta vem mesmo a talhe de foice) saber se ganharão ou se terão perdas avultadas vão consultar as agências de rating que, baseando-se em informação e em dados minuciosos e posteriormente tratados ao pormenor lhes fornecem informação o mais fidedigna e precisa possível e para isso pagam e não é pouco - Portugal e a sua banca inclusive pagam uns bons milhões de euros por ano a estas agências. Ora todas estas instituições financeiras só recorrem às agências de rating se estas fornecerem informação credível. Se porventura começarem a atribuir péssimas classificações a determinado investimento e depois este se revele altamente rentável e os investidores constatarem que perderam milhões porque se fiaram em dados fornecidos que lhes apontavam para não investir ou se essas atribuirem grandes classificações a um produto financeiro que se revele lixo tendo exactamente a mesma consequência para os investidores (e as perdas não são poucos trocos mas cifras da ordem dos biliões), estes no limite mandam as agências de rating às urtigas e estas começam a perder credibilidade e, mais importante, mercado. Se as três agencias de rating referidas dominam cerca de 90% do mercado é por serem altamente credíveis e por isso arrasam a concorrência que fica só com 10%.

Isto tudo para afirmar que as agências de rating não vão começar agora a dar classificações assim sem mais nem menos. Claro que há margens de erro; há sempre. Pode haver especulação, podem até querer forçar a sustentação do dólar, podem manipular mas grosso modo estes expedientes têm limites que se forem ultrapassados terão custos e consequências elevadas.

Constatei ontém, nas notícias, que a Standard and Poor's ao que parece é terrivelmente precisa a analisar a situação financeira de países, conseguindo fazer previsões que se revelam acertadas com antecedência de um ano. Esta agência irá pronunciar-se sobre Portugal no fim deste mês. Aguardo com espectativa.

Para concluir, eu repito o que já disse anteriormente: se Portugal está nesta situação só de si e dos seus bons governantes e gestores se pode queixar. Deixem-se de lamúrias e de tentar jogar areia nos olhos dos cidadãos. Quem é que eles pensam que enganam? Agora querem vir para aí uns mocitos, sabe-se lá com quem por detrás, com movimentos idiotas de pôr bandeiras à janela e mandar lixo por correio ou andar aí alegremente a mandar a Moody's à merda ou fuck you Fitch e outros a tentar alegrar a malta com declarações estemporâneas como aquela do BCE estar com Portugal e que toda a Europa está unida em torno e na defesa da pátria lusitana, que não está sozinha (eu prefiro dizer que não cairá sozinha isso sim) e que se têm que criar agências europeias de rating e blá, blá, blá, blá Whiskas saquetas? Se estamos assim aos nossos belos líderes o devemos. Deveu-se à sua incompetência, à sua incúria, à sua voracidade, à sua leviandade, à sua falta de planeamento estratégico... Fuck you Fitch??? No! Fuck you bastards!

Ora, ora; não me lixem!

quinta-feira, julho 07, 2011

Portugal dos pequeninos




«Agora o mais grave e que só vim a saber à posteriori é que ao contrário do que veio para a imprensa e que saiu nos jornais (que era aberto a todos) o seminário quando foi anunciado, foi no blog da PSP (www.estadiosdesitio.blogspot.com) que continha o documento que está aqui afixado neste post e que pedia dinheiro às pessoas, inclusive €50 a desempregados, o que acho do mais baixo nível de consideração e para além disso aí sim dizia que tinha de ser feita uma inscrição que seria depois validada pela PSP».

Ler tudo aqui

De ficar de boca aberta














































«Contra a estupidez até os deuses lutam em vão» - Friedrich von Schiller (1759-1805)

Há já uns poucos de dias que eu andava para relatar este facto que só não classifico de insólito por já ser um hábito pelo país fora e, claro, aqui não é excepção.

Como o Pedra no Chinelo também dá notícias a quem está fora, nada se tenta escamotear porque tudo deve ser sabido doa a quem doer. Então lá vai:

Terminaram as obras no futuro lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia. Calcetou-se a rua, pintaram-se as marcas de estacionamento e assinalou-se (MAL, como aqui se relatou) o local destinado a pessoas portadoras de deficiência e limpou-se a rua; inclusive os Bombeiros foram solicitados para a lavar como se vê nas fotos. Estava assim tudo prontinho, esgotos, águas pluviais, abastecimento de água; tudo. Assim se pensava. Qual não é o espanto quando uma manhã acordo sobressaltado com o ruído de uma máquina escavadora. Ainda pensei que era um sonho pois durante perto de um ano a ouvir as máquinas logo de madrugada o som fica na cabeça embora tal não fosse incómodo porque eu até tenho o sono pesado e aquilo não me aquecia nem arrefecia por aí além. Mas não, não era sonho. A máquina estava ali para trabalhar. A rua começa a ser rasgada sem apelo nem agravo para minha estupefação. Nos últimos dias havia chuvido considerávelmente. Ora acontece que assim que os trabalhadores abrem as tampas das caixas de esgoto e das pluviais, estas estavam a transbordar e as águas tiveram que ser bombeadas. Siderado fiquei quando constatei junto de quem trabalhava que o trabalho tinha ficado incompleto. As caixas estavam cheias de água pela simples razão que não se encontravam ligadas às respectivas redes.

Pelo que depreendi do que se dizia, a ligação à rede pública, a quem compete intervir na via pública, é aos serviços municipais e não a nenhuma empresa ou entidade privada, e em particular à empresa responsável pela obra: Ramos Catarino. Mas também parece que houve um diferendo qualquer ou qualquer outra situação menos clara e o que é facto é que, empurra para cá, empurra para lá, lá foi a Ramos que teve que abrir a via pública e ligar as caixas à rede de esgotos e à rede pluvial. A ligação da água, essa foi feita pelo serviços camarários.

Resumindo: a rua estava limpa, arranjada, as marcas devidamente (quase) pintadas. Tudo foi feito como se estivesse tudo de facto feito sem que no entanto nada estivesse feito. Confuso?

Ora se as ligações, nenhuma delas, estava feita, se havia ainda trabalhos a realizar no subsolo porque é que foi tudo feito como se já tivesse tudo concluido?

E depois eu pergunto à maneira de Scolari: E o burro sou eu?

quarta-feira, julho 06, 2011

Torrão parcialmente às escuras
























A vila do Torrão está parcialmente sem iluminação pública desde o início da semana. A zona afectada é a Praça Bernardim Ribeiro, Rua dos Cardins, Travessa Santana, parte da Rua de Beja, parte da Rua do Poço Mau, Rua das Freiras e Largo dos Fidalgos.

O Pedra no Chinelo especula que tal provavelmente se deveu a um erro decorrente da remoção da iluminação extra colocada de propósito para a Feira Renascentista. Vamos tentar obter novas informções.