domingo, maio 29, 2011

Já dizia Marcus Tullius...

...há dois mil anos atrás que:


Portanto não é nenhuma novidade. Portugal tem feito, e não é de hoje nem de ontém, tudo... ao contrário, e o resultado está á vista. Muitos certamente por ignorãncia. Pois políticos inqualificados é o que há para aí de sobra. Pensam que é querer ser só político e pronto. Depois é o que se vê. Quem quer ser político deveria, repito, deveria, ler «A Política» de Aristóteles, «A República» de Platão, «Os Anacletos» de Confúcio, «O Príncipe» de Maquiavel, o «Da Guerra» de Carl von Clausewits, outros autores clássicos como Tullius, autores portugueses, Thomas Moore, Napoleão, Sun Tzu... Têm (tinham) muito que ler. Leiam e percebam os fundamentos da política. Também nesta área, não faz quem quer mas quem sabe. Um político deve (devia) ter uma cultura vasta, muita sabedoria e sensatez e uma dedicação quase monástica à causa pública (res publica). Também aqui e principalmente aqui é preciso estar (altamente) qualificado.
Deixo um excerto do pensamento de Confúcio, que juntamente com o de Tullius, permitirá tirar algumas ilações. Espero!


O príncipe e o povo: as recomendações de Confúcio


(Não dar importância ao principal, quer dizer, ao cultivo da inteligência e do carácter, e buscar somente o acessório, quer dizer, as riquezas, só pode dar lugar à perversão dos sentimentos do povo, o qual também valorizará unicamente as riquezas e se entregará sem freio ao roubo e ao saque.)

(Se o principe utilizar as rendas públicas para aumentar a sua renda pessoal, o povo imitará esse exemplo e dará vazão às suas mais perversas inclinações. Se, pelo contrário, o principe utilizar as rendas publicas para o bem do povo, este se lhe mostrará submisso e se manterá em ordem.)

(Se um príncipe ou os magistrados promulgam leis ou decretos injustos, o povo não os cumprirá e se oporá a sua execução por meios violentos e igualmente injustos. Quem adquire riquezas por meio violentos e injustos do mesmo modo as perderá por meios violentos e injustos).

(Só há um meio de aumentar as rendas públicas de um reino: que sejam muitos os que produzam e poucos os que gastam, que se trabalhe muito e que se gaste com moderação. Se todo o povo trabalhar assim, os rendimentos serão sempre suficientes)

(Para o bom governo dos reinos é necessária a observância de nove regras universais: o domínio e o aperfeiçoamento de si mesmo, o respeito aos sábios, o amor aos familiares, a consideração aos ministros por serem os principais funcionários do reino, a perfeita harmonia com todos os funcionários subalternos e com os magistrados, as cordiais relações com todos os súbditos, a aceitação dos conselhos e orientações dos sábios e dos artistas de quem sempre deve-se rodear-se o governante, a cortesia com os transeuntes e estrangeiros e o trato honroso e benigno com os vassalos.)

E concluo citando Confúcio: «Estuda o passado se quiseres prognosticar o futuro».

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