domingo, janeiro 16, 2011

Abstenção é a solução


Quando homens do regime tais como Vasco Pulido Valente ou António Barreto afirmam:
«Termino esta breve nota fazendo notar que a patranha do chamado "voto útil" tem sido uma das coisas que mais tem desgraçado Portugal, induzindo o Povo a votar em quem não quer com a ideia que se está a defender de quem tem medo.
Está na altura de ter uma atitude verdadeiramente cívica: Abster-se de votar, indicando assim o verdadeiro desencanto para com o regime vigente.
Para quem pensa que o voto branco (ou nulo) resolve alguma coisa, estejam atentos à noite eleitoral: Estes últimos, se forem referidos percentualmente, será de forma marginal. A abstenção não ! A abstenção é verdadeiramente um problema para o regime, e dependendo da sua magnitude, poderá de facto influenciar o regime».


ou António Barreto:

«(...)há motivos políticos, que passam pelo meu desapontamento radical com a função do Presidente da República em Portugal. Nós fomos muito especiais, ao tentar encontrar um sistema que não é nem água quente nem água fria, nem carne nem peixe. É uma coisa muito esquisita. Não é presidencialista, não é semipresidencialista, não é parlamentarista».

Penso que não há mais nada a dizer a não ser que dia 23 irei fazer o que me der na real gana mas votar está de todo longe dos meus planos. Se votar é um direito, não votar também o é.
Quem não estiver contente com o estado do país e queira enviar uma mensagem ao regime que faça como eu. Quem estiver contente com o que tem, que vá votar para para uma instituição que «não é carne nem é peixe» e que mesmo assim come 21 milhões do orçamento mais de metade da Casa Real Espanhola, só para dar um exemplo; e ajudar um tipo a subir na vida - e de que maneira - mesmo depois de ter deixado o cargo. Isso é que era bom.

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