domingo, setembro 30, 2007

Hoje «tá» de chuva convém ter um «umbrella» à mão

sábado, setembro 22, 2007

Os heróis da república - Quem realmente foi a nova aquisição do Panteão Nacional?

"Que ninguém o saiba, mas eu ajudei a matar o rei, confesso-o aqui à mesa da consciência. Ninguém o soube, ninguém o viu, respiro." Aquilino Ribeiro in «Um escritor confessa-se»

«Porque é que acha que nunca lhe deram o Nobel? Eles sabiam que ele participou no Regicídio e a sociedade não dá prémios Nobel a assassinos» Sofia Mello Breyner
Por Mendo Castro Henriques
COLOCAR UM REGICIDA ao lado de Amália Rodrigues, João de Deus, Almeida Garrett, Guerra Junqueiro, e dos Presidentes da República Manuel de Arriaga, Teófilo Braga, Sidónio Pais e Óscar Carmona é um grande erro porque o Panteão Nacional, como escreveu MR, “não se fez para os génios da literatura mas para os que conjugaram a genialidade com o bem-comum, a res-publica”. Para dizer a verdade, é uma manobra preventiva perante o centenário do regicídio que se avizinha em 2008 e que merece a reprovação de 78,2 % dos Portugueses. Aquilino Ribeiro poderá ter sido um grande escritor; isso é uma questão de gosto e exige um debate entre especialistas saber se ele foi um génio literário ou um escritor talentoso. Mas Aquilino foi decerto um activista na conspiração para assassinar um Chefe de Estado de Portugal e o seu filho, pelo que não cumpre a segunda condição exigida aos “moradores do Panteão”. Todas as fontes comprovam que foi um anarquista envolvido nas conspirações de 1907 e 1908 para a mudança de regime; é vox populi, e sobretudo ele próprio o admite - ao mesmo tempo que omite outros grandes pormenores - nas suas memórias Um Escritor confessa-se. Um Escritor Confessa-se - Memórias 1, é uma obra estranha e muito desigual nas suas 406 páginas. Aquilino morreu em Maio de 1963. Composto e impresso com data de 1972, o livro é brochado em 1973 mas só é posto à venda após Abril de 1974. Em capítulos sucessivos vemos o escritor talentoso que nunca deixou de ser um camponês astuto, a enredar-se em meias verdades sobre as suas andanças com os regicidas. Como diz José Gomes Ferreira, em prefácio primorosamente redigido mas ideologicamente cúmplice, Aquilino sabe “mentir a verdade”. “Mentir a verdade!” é uma literatura de justificação. E que vem tarde. E que de nada se desculpa. E com uma frieza brutal para com os seus antigos correligionários regicidas como Buíça e Costa e mesmo ódio e malícia para outros como José Nunes e Virgílio de Sá, personagens menores já mortos e esfumados para todos, mais de cinquenta anos após o 1 de Fevereiro mas que ainda eram esqueletos no sótão da memória de Aquilino. No essencial, Aquilino era o rapaz das serras de Sernancelhe e com o 2º ano de Teologia, de bom latim e educado por jesuítas radicais, mas com escassa experiência que abandona o Seminário de Beja em 1903 - e fixa-se em Lisboa, para conhecer mundo. Após uma curta estadia volta a Soutosa em 1904 mas regressa em Lisboa em 1906, para conviver com a mole humana dos pequenos burgueses revolucionários da capital que almoçam “meia desfeita” nas tascas, conversam até altas horas nos cafés, e conspiram, com variados graus de responsabilidade, sobre o fim do “estado de coisas”. Entre esta gente talvez de ideais generosos mas de actuação brutal - o bas-fonds da conspiração e de modo algum os “meios literários e revolucionários” de que falam as biografias oficiosas de Aquilino - está Alfredo Luís da Costa e Manuel Buíça; do primeiro torna-se amigo íntimo e do segundo é “compadre”, como este confessa nas suas derradeiras disposições da madrugada do 1 de Fevereiro. Entre os múltiplos biscates desta fase da sua vida, Aquilino é uma pena mercenária. Enfeudado à acção anarquista, dá-se a redigir, com nomes falsos, traduções de publicações intervencionistas e folhetins escandalosos. Ao que ele próprio dá a perceber em Um Escritor Confessa-se, colaborou com um publicista (que foi depois Ministro da República) num romance intitulado A Filha do Jardineiro, que, no género de O Marquês da Bacalhoa, difamava o Rei D. Carlos. Essa obra, de que saíram apenas três fascículos, editados e financiados por Alfredo Costa - o futuro regicida -, apareceu sob o pseudónimo de Miriel Mirra. Ao contrário do que dizem as biografias oficiosas, o primeiro livro de Aquilino não é Jardim das Tormentas, de 1913 mas sim A Filha do Jardineiro, de 1907. É também possível que Aquilino tenha ajudado a redigir O Marquês da Bacalhoa porque as obras seguintes de António de Albuquerque não têm o polimento literário desse livro escandaloso. Atrás dos folhetins subversivos surgem outros contactos, sendo iniciado na Carbonária e convidado para a Loja Montanha, após falar com o bibliotecário Luz de Almeida. Por detrás dos contactos, adivinham-se muitos conciliábulos e compromissos e, uma vez mais, a eterna “opinionite” da pequena burguesia, o complexo denunciado por Flaubert em Bouvard et Pécuchet. Aquilino, como escreveu Gomes Ferreira, sabe “mentir a verdade”. A sua filiação nos grupos “intervencionistas” – assim se chamavam os anarquistas que colaboravam com os republicanos para o derrube do regime - leva-o a albergar em casa caixotes de bombas explosivas de fabrico artesanal a serem preparadas pelo dr. Gonçalves Lopes e pelo prof. Rebordão para uma conjura contra o regime. Evocando ainda depoimentos, vimos eles surgirem nas próprias palavras do intervencionista Aquilino Ribeiro, ao relatar o caso do Carrião: «Tinha (Aquilino) até cooperado na organização do ataque aos quartéis e às forças da [Polícia] Municipal, indo com Alfredo Costa e outros alugar quartos em vários pontos estratégicos, de onde projectávamos dinamitar essa legião fiel ao regime monarchico.» Manipulador de bombas para a conspiração anarquista-republicana em marcha desde o Outono de 1907, e que terá os pontos altos na intentona do 28 de Janeiro e no regicídio de 1 de Fevereiro, Aquilino é preso em flagrante delito no seu quarto da Rua do Carrião em 28 de Novembro de 1907, após a explosão desajeitada dos explosivos provocada por um dos cúmplices. A explosão de engenhos atingiu mortalmente um deles, que esperavam uma visita de inspecção ao fabrico de explosivos, a ser feita por António José de Almeida*, encarregado da ligação entre o PRP e os grupos anarquistas. Aquilino escapa ileso e vai preso para a Esquadra do Caminho Novo. O inevitável Joshua Benoliel, esse “espião da história”, aparece para lhe tirar a fotografia em flagrante, mas Aquilino repele-o com um abanão. Os seus correligionários elaboram planos para lhe facilitar a fuga. Segundo o chefe intervencionista José do Vale, descrevendo a fuga de Aquilino, Alfredo Costa estava disposto a dinamitar com outros as forças da Municipal, disposto ainda com outros, e em convívio sempre com os intervencionistas, a operar pela força o acto de evasão dos envolvido nas explosões de Novembro. Afinal, após sessenta dias de detenção, Aquilino diz que conseguiu desmontar a fechadura da porta da prisão com engenho e paciência, e evadir-se em 12 de Janeiro de 1908. A segurança prisional nunca foi o forte da monarquia liberal. Após evadir-se da prisão é acolhido em casa de umas senhoras amigas do jornalista Meira e Sousa, director de O Dia e cúmplice do regicídio. Aí se mantém a par da evolução da conspiração do regicídio. É voz corrente que nela participou e segundo numerosas fontes conversou com Alfredo Costa na manhã do regicídio. Segundo um agente duplo ao serviço dos juízes Veiga e Alves Ferreira, Aquilino Ribeiro foi visto no Largo do Corpo Santo, com um revólver, uns minutos antes do atentado, como fazendo parte de um grupo que se preparava para o assalto à carruagem com D. Carlos que por ali passaria a caminho das Necessidades, caso falhasse o atentado no Terreiro do Paço. Ao ser reconhecido por um polícia, fugiu. Segundo outras fontes, esteve no Terreiro do Paço com um revólver. Divagando por Lisboa após o regicídio foge em data incerta para Paris onde é acolhido pelos meios radicais. Sucedem-se as informações sobre o seu paradeiro; da Polícia Francesa e dos agentes portugueses em Paris; do ministro Sousa Rosa; do escrivão Abílio Magro. Mais do que uma vez o juiz do Juízo de Instrução Criminal solicita a D. Manuel II e ao Presidente do Conselho que se desloque um enviado a Paris para apurar de Aquilino Ribeiro quem são os regicidas. É a “brandura dos nosso costumes” a funcionar. Uma dessas diligências é efectuada a 13 Maio 1910, como consta da publicação oficial de 1915, Documentos Encontrados nos Paços Reais após o 5 de Outubro. O conhecimento internacional do envolvimento do Aquilino na chacina do Terreiro do Paço foi imediato. Raul Brandão, futuro seareiro ao lado de Aquilino, escreveu em Janeiro de 1909 (Memórias, I): «Um dos regicidas está em França, mas Clemenceau (primeiro-ministro francês,) recusa-se a extraditá-lo». De facto todos os interessados no caso sabiam do envolvimento de Aquilino no regicídio e foi essa “proeza” que o tornou um protegido das forças radicais europeias no poder, ou em vias de o adquirir. Nos seus exílios, Aquilino não experimentou dificuldades. É em Paris que conhece Grete Tiedemann com quem vive em 1910 antes de voltar a Lisboa. Regressado a Paris, frequenta a Sorbonne e vai residir alguns meses na Alemanha durante 1912. Em 1913 casa com Grete Tiedemann e regressa a Paris, onde nasce o seu primeiro filho em 1914, de seu nome Aníbal Aquilino Fritz Tiedemann Ribeiro. Segundo algumas fontes, Aquilino é um exaltado germanófilo nesta fase da sua vida. Declarada a guerra, Aquilino regressa a Portugal, sem ter terminado a licenciatura e é colocado como professor no Liceu Camões em 1915. Em 1919 entra para a Biblioteca Nacional, a convite de Raul Proença (RP) onde convive com personalidades como Jaime Cortesão e integra em 1921 a direcção da revista “Seara Nova”. É na Biblioteca Nacional que Aquilino Ribeiro é procurado por pessoas de suas relações para lhe mostrar uma “Acta do Regicídio” Seria para Aquilino atestar a veracidade dos factos constantes no documento, acrescentar um pormenor? Tudo atesta a sua cumplicidade com os criminosos…E é então que escreverá: «Porque é desnecessário demonstrá-lo, a República implantou-se no Terreiro do Paço naquela tarde trágica de Fevereiro; outros vêem sacudir as mãos na varanda de Pilatos.» É nas páginas da revista que traça os perfis românticos e laudatórios de Costa e Buíça (Seara Nova, I, pág. 103 e seg e 163 e seg.). Segundo a narrativa de justificação, o regicídio pertence à categoria de acto inopinado, decidido no local, por Buíça e Costa. Contudo, Aquilino admite a existência de um grupo de 5 regicidas no Terreiro do Paço, formado por Costa, Buíça, Ribeiro, Nunes e Adelino. Sobre Alfredo Luís da Costa diz o seguinte:“Foi em 1906 que RP apresentou no Gelo Alfredo Luiz da Costa, esse rapaz de vinte e tal anos, alto, desengonçado de corpo, duma fisionomia séria, quase triste, a que ninguém ligou importância. Grandes olhos castanhos, lentos a mover-se, com uma fixidez por vezes de desvario, um dedo de barba loura no queixo, o nariz levemente amolgado sobre a esquerda. Provavelmente uma tuberculose descurada, que traiçoeiramente seguisse caminho, achatara-lhe o tórax aguçando-lhe os ombros e imprimindo-lhe já às costas uma quebratura perceptível.”É quase inacreditável como omite que Alfredo Luís da Costa, a grande alma da sua fuga da esquadra do Caminho Novo, foi o regicida, que recrutou os camaradas para o crime. Sobre Buíça escreve:“Buiça era frequentador do Café Gelo, esse café muito arrumado a meio do Rossio tumultuário, que, não obstante o berrante das fardas, conserva um ar todo plácido de botequim provincial. De corpo, era um homem de estatura meâ, rosto fino, tez branca, que mais realçava a barba preta com tons de fogo, na qual as suas mãos tinham o vício de passear-se, de embrenhar-se, quando a cólera o tomava ou ouvia alguém do seu agrado. A testa era longa, com as arcadas supraciliares marcadas sem de mais, as linhas fisionómicas duma delicadeza que, fora das mulheres, desagrada. A aparência, toda ela de franzino, mascarava-lhe inteiramente o génio assomadiço e a coragem que não era lenta nem jamais foi receosa a medir-se.”O problema desta peça é que omite o passado criminoso do ex-sargento de Cavalaria, saído do Exército após expiar crimes de agressão a subalternos pelos quais esteve preso, e mais do que uma vez condenado no civil por crime de ofensas corporais, variando a sua vida entre a demência criminosa e a vontade de um revoltado. Aquilino preferiu ignorar esse fatal destino do seu antigo compadre e correligionário, filho de Maria Barroso e do abade de Vinhais, Abílio da Silva Buíça. Ainda mais revelador é o que Aquilino admite e omite sobre José Nunes, contra o qual esgrime argumentos sem fim, considerando-o um mitómano. Muito sucintamente, José Nunes era um intervencionista do grupo “Os Mineiros”. Esteve no Terreiro do Paço e disparou sobre o Príncipe D. Luís Filipe, sendo nele que a rainha D. Amélia bateu com um ramo de flores e ele o retratado pela rainha em esboço. Sobre o regicídio deixou importantes revelações após 1915 que esclarecem o atentado em livros como A Bomba Explosiva e Para quê? Outros escritos ficaram inéditas, já que a sua publicação imediata traria apaixonados debates, envolvendo algumas personagens ainda vivas (nomeadamente Aquilino) e a maioria de vultos então recentemente falecidos. Fugido para S. Tomé e Moçâmedes e depois regressado a Lisboa, a polícia nunca o encontrou. Antes de morrer, segundo Casimiro da Silva, «no quarto de dormir, tinha, sobre a cómoda, voltado para o leito um grande retrato de D. Luís Filipe» - o Príncipe a quem ele tirara a vida. «Todos os dias, ao despertar, para ele olhava, repetindo a pergunta - título do seu livro: E Para Quê? José Nunes era um arrependido e não foi o único. Aquilino Ribeiro nunca se arrependeu. Sob a paródia religiosa do título do seu livro Um Escritor Confessa-se não ressuma qualquer sentimento de penitência; é apenas uma inquirição divertida ao passado confortavelmente longínquo do anarquista ex-seminarista e do agora relativamente celebrado escritor. Como quem diz, já um pouco senil e babado de ternura por si mesmo: “As coisas que eu era capaz de fazer!”Em 1927 após a revolta de 7 de Fevereiro, Aquilino exila-se em Paris. No fim do ano regressa a Portugal, clandestinamente e morre a primeira mulher. Em 1929 Aquilino Ribeiro casa com D. Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado e em 1930 nasce o segundo filho, Aquilino Ribeiro Machado. Em 1931 vai viver para a Galiza mas a partir de 1932, já com 47 anos, permanece no país e recebe reconhecimento pelas suas obras literárias. Em 1960 é proposto para o Prémio Nobel da Literatura. Tendo a família de Sofia Mello Breyner, próxima do Paço, documentação sobre o regicídio, a própria Sofia disse em comentário a um livro escrito por JMR que “o Aquilino esteve no Terreiro do Paço com um revólver e tal facto fora do conhecimento internacional mas a família Breyner decidiu não incluir essa informação no livro de memórias do avô… E depois rematou: - «Porque é que acha que nunca lhe deram o Nobel? Eles sabiam que ele participou no Regicídio e a sociedade não dá prémios Nobel a assassinos»
Aquilino morre em 27 de Maio de 1963.
* Presidente da República Portuguesa entre 1919 e 1923

quinta-feira, setembro 20, 2007

Tibete - Você sabia que:

O Palácio Potala em Lhasa a capital do Tibete

No Tibete desde 1949:


- o Povo do Tibete não tem voz (nem sequer na ONU).

- As crianças são forçadas a aprender uma lingua que não é sua.

- as mulheres são esterilizadas, abortadas e violadas.

- as monjas e monges são forçados a estabelecerem relações sexuais em publico.

- os prisioneiros são torturados com bastões electricos no ânus.

- os julgamentos são feitos sem o conhecimento da comunidade internacional.

- milhares de crianças tibetanas são neste momento orfãs de pais, nação e cultura.

- a cidade capital do Tibete -Lhasa é conhecida como a cidade dos mil bordeis.

- as tropas de Pequim foram vistas a fazer tiro ao alvo com armas automáticas sobre espécies animais em vias de extinção.

- o lixo radioactivo é despejado sem protecção sobre rios e vales.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Aqui o Dalai Lama é recebido e a causa tibetana apoiada incondicionalmente

Bandeira do Tibete



Tenzin Gyatso - 14º Dalai Lama do Tibete

"Se todos os homens fossem bondosos, verdadeiros, afáveis, íntegros e sagazes...Então teríamos o paraíso na humanidade..." Confúcio



Portugal recebeu a visita de Dalai Lama entre 13 e 16 de Setembro. A visita foi reservada ao ensinamento espiritual com o título «Desenvolver a paz interior» e «O poder do bom coração».

No último dia da visita apelou aos milhares de pessoas presentes no Pavilhão Atlântico para fazer chegar a sua preocupação pelo povo tibetano aos parlamentos português e europeu.

"Vocês enquanto Estado-membro da União Europeia - e o Parlamento Europeu está atento a esta causa - podem ter influência neste país onde há uma preocupação pelo povo do Tibete. Podem fazer chegar essa vossa preocupação ao parlamento português", disse o líder espiritual do Tibete.

Essa preocupação, apoio, influência pode ser feito através de várias formas sendo uma delas a blogsfera. É nesse sentido que aqui se faz a defesa intransigente da causa tibetana, a causa de Dalai Lama. O Pedra no Chinelo dá assim a sua contribuição - ou não fosse o Pedra um blog de combate - para esse apoio que nos deve ser a todos caro tal como o foi o apoio à autodeterminação de Timor e como também nos deve ser caro o apoio à autodeterminação de Cabinda mas esse tema também será posteriormente tratado aqui mais em profundidade.

Tenzin Gyatso lançou ainda o repto na conferência pública intitulada "O poder do bom coração", para "visitarem o Tibete e estudarem o que aconteceu nos últimos 60 anos e vejam o que se está a passar agora".

"Contem o que viram" para serem "úteis" à causa do seu povo, desafiou.

Recordemos que o Tibete foi invadido pelo exército chinês em 1950 pondo em prática desde então uma feroz repressão, um autêntico genocídio cultural e não só, destruindo centenas de templos, levando á morte de milhares de tibetanos e levando outros tantos milhares a tornarem-se refugiados. Em 1959 o 14º Dalai Lama foi obrigado a refugiar-se na India, em Dharmsala, onde vive até hoje.

Actualmente os tibetanos são uma minoria no seu próprio país. Só na capital, Lhasa, mais de dois terços da população é chinesa.

domingo, setembro 16, 2007

Cavaquices

Dizia ontém Cavaco Silva, presidente desta republiqueta de bananas que ninguém pediu ou sufragou, que «A educação e a formação são o elevador que permite subir na vida». Ou este senhor é ingénuo (o que eu não acredito) ou quer fazer de nós parvos. Aquilo que devia ter dito, aquilo que eu digo em contra-ponto é: «Em Portugal a cunha e o compadrio são o elevador que premite subir na vida» pois basta ver os milhares de licenciados, de boa qualidade, sublinhe-se, por esse país fora que não têm outro remédio senão ir lavar pratos, varrer ruas e fazer outras tarefas menores para as quais não têm motivação nenhuma para as executar - eu sou um deles senhor Cavaco e como eu há por aí muitos e muitas que foram excelentes alunos, incluindo aqui no Torrão, que viram o seu elevador encravar e não passar do rés-de-chão. São, somos pessoas que não têm, temos pais ricos, familiares e/ou amigos bem encaixados ou políticos ao contrário de outros que por estarem nessas condições ainda são estudantes imberbes e já têm um tachito assegurado, à espera dos meninos e meninas de bem mesmo que sejam péssimos estudantes, que têm todo o tempo do mundo para acabar o curso sem se preocuparem com o futuro nem com o presente, que se deslocam em veiculos de luxo, que em vez de ir às aulas ficam no bar em amena cavaqueira e que pôem as noitadas à frente do estudo. E o que ainda é mais burlesco é que nem sequer é condição necessária ser-se licenciado - muitos não o são mas tratam-nos por senhores doutores ou engenheiros ou outra coisa qualquer. Há titulos para todos os gostos - inteligente e ter sabedoria para chegar a postos chave, aos centros de decisão de empresas públicas e da governação central ou local basta ver por aí muitos burros-doutores e doutores-burros que nem sequer uma conta de somar, subtrair, multiplicar ou dividir sabem fazer à mão andarem de garimpa no ar julgando-se grandes inteligências e a fazerem a merda que fazem, delapidando e minando o país, as empresas públicas (incluindo aquela onde estou actualmente - CTT) e outras instituições tomando decisões, aplicando medidas ou proferindo declarações de deixar siderados aqueles que têm dois palmos de testa enquanto os melhores são empurrados para tarefas menores, para a base. Ninguém lhes passa cavaco! Os resultados estão à vista... está tudo escavacado.

Portugal - Nova Zelândia

Tem sido com espectativa e orgulho que tenho acompanhado o percurso da selecção portuguesa de rugby e embora levem cabazada das antigas só podemos estar orgulhosos e apoiar Os Lobos pois têm tido uma atitude fantástica e uma humildade impressionante e apesar de tudo são a melhor equipa amadora do mundo.
Ontém em campo a melhor equipa do mundo bateu-se contra a melhor equipa profissional do mundo - a Nova Zelândia (All Blacks). O objectivo: Fazer melhor que a Itália que perdeu com os All Blacks por 74-14. Perdemos por 108 - 17. Sofremos um resultado mais pesado mas marcamos mais que os italianos.
Foi emocionate ver cantar A Portuguesa daquela maneira mas sejamos honestos, não há nada que se compare à exuberância da Haka, a dança maori.




domingo, setembro 02, 2007

Soma e segue

Vanessa Fernandes, campeã do mundo em Hamburgo... e atleta do Glorioso.