sexta-feira, outubro 07, 2005

Por um maior visibilidade


É incrível! Há 95 anos que a república portuguesa mete água e ainda não afundou, mas já pouco falta... pena é se arrastar Portugal consigo!
Se não afundou não foi, certamente, por mérito próprio mas por um conjunto de erros - ou talvez sempre o mesmo erro - cometido(s) ao longo de quase um século pelos defensores da Monarquia. Na verdade pode-se mesmo afirmar que temos proporcionado um autentico «festival de golos perdidos».
Portugal não é (embora apresente alguns sinais) um país do terceiro mundo mas é, infelizmente, uma república das bananas, facto que se tem agravado nos últimos tempos.
O que é surpreendente é não se falar com insistência na restauração da Monarquia e ao invés disso se falar cada vez com mais insistência na integração de Portugal... na Espanha; tal como em 1580 (será que a Historia afinal sempre se repete?).
Mas porque é que Portugal tem que «atirar a toalha ao chão»?
Não! A solução dos problemas nacionais não é apenas e só a restauração da Monarquia. Essa era a maneira de pensar, ou de fazer crer, dos republicanos acerca da implantação do regime republicano em Portugal. Bastava implantar uma república em Portugal e todos os problemas desapareciam como que por artes mágicas. O resultado está à vista!
A restauração da Monarquia é a base, o ponto de partida, nunca a solução total e absoluta. Só com uma boa base, um bom modelo se pode construir um bom futuro!
Portanto a minha admiração prende-se com o facto do movimento monárquico ser quase invisível, quase clandestino, quase secreto? Do que estamos à espera para esclarecer e mostrar aos portugueses a evidência que se impõe?
A república tem alienado Portugal, destruído o orgulho patriótico, dilacerado a alma lusitana. Portugal é hoje, literalmente, um país sem Rei nem roque quase convertido numa região espanhola, embora outros jurem o contrario e falem em preconceito.
Portugal perdeu a sua matriz politica, a sua alma, a sua identidade histórica em 1910. Daí para a frente seria cada vez pior.
Será que se vai desaproveitar mais esta GRANDE janela de oportunidade que está escancarada?!
Não fosse, tal como hoje em dia, a instabilidade e a falta de ética na política e ter havido uma campanha propagandística de descredibilização sistemática – sem fundamento. A coroa foi afinal o bode expiatório – do Rei e da família real, em suma, das instituições históricas do Reino esta república jamais teria sido imposta aos portugueses; uma herança triste dos terroristas da Carbonária. Recorde-se que o movimento republicano partiu do nada pois Portugal tinha sido sempre um Reino.
Mas que não se faça confusão, não estou a apelar ao recurso a acções terroristas - essas não são as nossas armas. Ah! E também não quero ver ninguém ser assassinado cobardemente pelas costas, nem no Terreiro do Paço, nem noutro ponto qualquer do país. Quero ver sim, é forçar a divulgação, nos órgãos de comunicação social, quero ver campanhas, congressos, acções de esclarecimento, etc. É necessário divulgar todos os símbolos de Portugal e refamiliarizar os portugueses com as autenticas cores nacionais (azul e branco). O verde, amarelo e vermelho não são nem nunca foram as cores de Portugal, são sim as cores típicas das repúblicas das bananas (subdesenvolvidas, ditatoriais, caóticas e corruptas) impostas em 1910.
Não basta sair à rua apenas no dia 5 de Outubro, isso é, a meu ver, um erro estratégico grave, pois dá a sensação de se andar a reboque da república. Se se quer comemorar o dia da fundação da nacionalidade porque não realizar uma série de eventos em Guimarães? E no dia 1 de Dezembro, aí sim, sair em Lisboa, e não só, e explicar entre outras coisas, porque é que os conjurados só optariam por proclamar a república em ultimo caso, para restaurar a independência nacional.
No entanto, a campanha deve ser sistemática, todo o ano, e não apenas em dois dias.
Só com conhecimento de causa é que as pessoas se podem manifestar. Este é o meu apelo: visibilidade, divulgação e campanhas de esclarecimento. Penso que está mais que na hora do regime presidencial ser pressionado e confrontado com os resultados, democraticamente claro!!

VIVA PORTUGAL!
NÃO À INCOMPETENCIA!

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